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Mãe processa segurança do aeroporto após proposta de exame genital em filha trans

Foto: TSA

A mãe de uma adolescente transexual entrou com uma ação contra a Transporation Security Administration (TSA) alegando que os seguranças do Aeroporto Internacional de Raleigh-Durham exigiram que sua filha fosse submetida a um exame genital antes de embarcar em seu voo para Nova Iorque em 2019.

Os policiais supostamente detiveram a jovem Jamii, de 15 anos, depois que ela passou por um scanner corporal que produziu um “falso positivo” para uma possível arma escondida. O “falso positivo” era na verdade a genitália de Jamii com a qual ela nasceu. Com isso, Jamii foi convidada a se submeter a um exame físico íntimo em uma sala privada. O processo afirma que os policiais “avisaram Jamii que ela não estava livre para sair até que se submetesse a tal varredura”.

Mãe e filha se recusaram a consentir com a busca, o que resultou na chamada da polícia e fez com que Jamii sofresse de “pânico, ansiedade, medo, coração acelerado (e) falta de ar”.

Segundo o site The Hill, a mãe de Jamii, Kimberly Erway, processou a agência governamental americana em nome de sua filha. A ação alega que os policiais violaram os direitos da Quarta Emenda da jovem. No dia da viagem, a mãe não permitiu um exame e cancelou a viagem de avião, vindo a alugar um carro e percorrer 1.000 quilômetros até Nova Iorque.

O resultado “falso positivo” deve-se a maneira como os scanners corporais avançados “detectam ameaças potenciais”, usando um software que analisa a anatomia de homens e mulheres de maneira diferente. 

Quando alguém entra no scanner corporal, os oficiais do TSA precisam pressionar um botão “masculino” ou “feminino” com base na forma como o passageiro se apresenta. Quando o scanner detecta na anatomia algo que ele acha que não deveria estar lá, o software pensa que pode haver uma arma escondida e direciona os policiais para conduzir uma busca física.

“Uma triagem adicional é conduzida para determinar se um item proibido está presente”, explica o site do TSA.

O site prossegue:

“A TSA reconhece as preocupações que alguns membros da comunidade transgênero podem ter com certos procedimentos de triagem de segurança nos pontos de controle de segurança do país”, diz a agência em seu site. “A TSA está empenhada em garantir que todos os viajantes sejam tratados com respeito e cortesia. A triagem é conduzida independentemente da raça, cor, sexo, identidade de gênero, nacionalidade, religião ou deficiência da pessoa”.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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