A Malaysia Airlines, que possui um total de seis exemplares do jato Airbus A380, já vinha numa crise financeira há anos. Com o desequilíbrio financeiro, potencializado pelo Coronavírus, a empresa passou a rever vários dos seus planos, dentre eles a permanência dos superjumbos na frota, os quais estavam voando regularmente até o início da pandemia, quando foram estocados em Kuala Lumpur.
Desde então, seu futuro começou a ser questionado. Eis que agora, segundo a Reuters, o governo malaio, que é dono da empresa, resolveu colocar à venda os seis exemplares, que podem levar até 494 passageiros cada. Uma espécie de licitação foi aberta, com potenciais compradores podendo enviar propostas até 12 de agosto.
No entanto, encontrar um comprador para o jato não será fácil, já que muitas das empresas que operam e operaram a custosa aeronave, não querem mais saber dela. Dentre os movimentos vistos no mercado estão aposentarias definitivas, como no caso da Air France, ou de uma parte da frota, como a Emirates. Por outro lado, até agora não apareceu ninguém interessado em começar a operar com a aeronave.
De fato, o A380 sofre de uma séria crise há alguns anos, que foi amplificada pela pandemia. Com a disponibilidade de grandes aviões bimotores mais eficientes, a operação do quadrimotor da Airbus começou a se mostrar não-atraente, com custo alto e maior nível de emissões. Sem contar as limitações operacionais, já que nem todos os aeroportos internacionais do mundo poderiam recebê-lo e, ainda assim, ele precisaria voar sempre cheio para “se pagar”.
Atualmente, a Airbus não está mais produzindo nenhum A380. Os últimos jatos encomendados já estão montados e apenas aguardando sua entrega para a Emirates.
