Médico abusou sexualmente de centenas de pilotos de avião

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two pilots sitting inside plane
Photo by Rafael Cosquiere on Pexels.com

Embora o ex-médico da Universidade de Michigan, Robert Anderson, já tenha falecido, seu caso ainda é investigado pelas autoridades americanas. Por anos, ele vem sendo acusado de abusar sexualmente de centenas de alunos durante exames médicos e agora pilotos de avião também dizem que foram molestados ​​por Anderson, de acordo com a Associated Press.

Anderson foi designado pela Federal Aviation Administration (FAA) para realizar exames médicos por 40 anos e era visitado frequentemente por pilotos, controladores de tráfego aéreo e outros que precisavam fazer exames de saúde regulares para manter suas licenças. Segundo registros da FAA, entre 1960 e 2003, Anderson realizou um total de 4.065 exames médicos em 2.595 aviadores.

Um piloto de carga não identificado disse à Associated Press que o médico fez com que ele se despisse, colocasse uma bata médica e subisse em uma mesa, em vez de simplesmente verificar a visão, a audição e o coração do homem. Ele disse que o médico tocou seus órgãos genitais e fez um exame de próstata.

Foto via AP

“Eu tinha apenas 33 anos e provavelmente não precisava de um exame de próstata, mas era ingênuo”, disse o homem à AP. “Ele examinou todo o meu corpo como um dermatologista faria. Foi muito assustador. Foi demais. Eu não voltei. Você não vai me tocar de novo, pensei”.

Centenas de ex-alunos da Universidade de Michigan acusaram Anderson de abuso sexual, que incluía exames de próstata durante exames médicos de rotina. Uma série de ações judiciais foram movidas contra a universidade, alegando negligência e violação dos direitos civis.

De acordo com um processo judicial de 28 de janeiro, mais de 40 advogados estão representando pouco mais de 850 demandantes e possíveis demandantes que ainda não entraram com o processo.

Anderson trabalhou na universidade de 1968 a 2003. Ele morreu em 2008.

A Universidade, que está sendo processada, busca uma negociação e já se desculpou várias vezes por qualquer dano causado por Anderson e contratou o escritório de advocacia WilmerHale, com sede em Washington, DC, para conduzir uma investigação independente.

Até dezembro de 2020, a escola havia gasto US$ 4,3 milhões em taxas legais relacionadas ao caso Anderson.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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