Melhorias nas operações aéreas da Bacia de Santos são tema de workshop do DECEA

Imagem: Fábio Ribeiro Maciel

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informa hoje, 5 de julho, que promoveu, no último dia 30, o Workshop do Projeto Bacia de Santos Pré-Sal.

Na ocasião, representantes de empresas da aviação offshore e exploradoras de Petróleo uniram-se aos especialistas do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) para se instruírem a respeito dos preparativos para a primeira fase do projeto destinado à região.

Parte do empreendimento “Melhoria dos Serviços de Navegação Aérea nas Bacias Petrolíferas – Áreas Oceânicas – PFF-008” do Programa Sírius Brasil, o projeto entra em sua primeira fase no dia 15 de julho, quando serão entregues uma série de benefícios aos usuários a partir da estruturação de um espaço aéreo offshore com novas rotas aéreas especialmente destinadas às operações das aeronaves de asas rotativas.

Uma análise prévia dos serviços de navegação aérea da Bacia Petrolífera de Santos, realizada pelas equipes do DECEA, identificou as necessidades da indústria e dos operadores. Entre outras, o estabelecimento da navegação por meio de cartas aeronáuticas.

Com o número de movimentos aéreos já elevado, tornou-se imprescindível a organização desses tráfegos a curto prazo, de modo a prover mais segurança às operações. Assim, será estabelecido um espaço aéreo denominado Offshore Bacia de Santos, conforme figura abaixo.

Imagem: Fábio Ribeiro Maciel

Do mesmo modo, tomando por referência os aeródromos mais atuantes nesse tipo de operação (aeródromos de Cabo Frio e de Jacarepaguá) e as principais unidades marítimas (cerca de 100 plataformas), foram criadas cartas aeronáuticas especiais, no intuito de melhorar a consciência situacional dos pilotos e reduzir a incidência de conflitos, sobretudo aqueles com rumos opostos, onde o piloto possui menos tempo de tomada de decisão.

Para assegurar a separação entre as aeronaves durante essa primeira fase, quando ainda não há uma infraestrutura completa de comunicação aeronáuticas, serão estabelecidas altitudes específicas para realização dos voos.

A definição de altitudes para os voos de ida e retorno às unidades marítimas garantirá a separação vertical na maioria dos cruzamentos durante o deslocamento, além de evitar os conflitos em rumos contrários, chamados proa a proa. Inicialmente as altitudes serão estabelecidas conforme a tabela abaixo.

Para o gerente do empreendimento, Tenente Coronel Especialista em Controle de Tráfego Aéreo, Marcus Luiz Pogianelo, que recebeu os participantes do workshop e repassou, ao longo da tarde do dia 30, as orientações relativas à primeira fase do projeto, a iniciativa é de suma “importância para a segurança dos operadores aéreos da região e para a indústria do pré-sal”.

Ainda segundo o oficial, estão previstos o início dos estudos para implementação do Sistema de Vigilância ADS-B, a serem entregues na segunda fase do projeto.

Com as duas fases finalizadas, espera-se legar às organizações e aos operadores aéreos que atuam na região benefícios importantes, como o aumento de capacidade do espaço aéreo, a melhoria dos níveis de segurança operacional e uma maior eficiência dos perfis de voo com consequente redução na emissão de gases poluentes na atmosfera.

Informações da Assessoria de Comunicação Social do DECEA

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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