A companhia aérea mexicana Interjet está a venda em meio a uma crise relacionada com seus jatos Sukhois e custos operacionais.
O presidente e dono da empresa, Miguel Alemán Velasco, anunciou o plano de vender a empresa segundo reporte do periódico Reportur.
A venda ajudaria a empresa a pagar as dívidas, que hoje é 7,9x o seu ebitdar (lucros antes dos juros e impostos excluidos os valores de leasing).
Um dos motivos da crise é o Sukhoi Superjet 100: a mexicana juntamente com a irlandesa CityJet foram as únicas no ocidente a escolher o jato russo, e essa decisão se provou desastrosa.
O problema na aeronave está relacionado a antiga dor de cabeça de clientes com produtos aeronáuticos russos: a falta de peças de reposição e motorização de baixa reabilidade mesmo sendo feita em parceria com a francesa Safran-Snecma.
Para se ter idéia da gravidade, a Interjet opera apenas cinco de seus 22 Superjets adquiridos e foi ressarcida parcialmente por isso. Já a CityJet perdeu seu contrato com a Brussels Airlines para operar o jato.
Inclusive nós fomos o primeiro veículo de origem brasileira a voar no Sukhoi Superjet através da Brussels Airlines em voo operado pela CityJet. O conforto da aeronave é notável.
Somado a isso a Interjet sofreu perdas associada a alta do combustível e concorrência perante a Aeroméxico, mas principalmente da Volaris e da Viva Aerobús.
A Interjet nunca conseguiu se estabelecer como uma aérea de baixo-custo apesar de afirmar que o Sukhoi tem um custo de aquisição de apenas 20% do preço de um Airbus A320.
Fontes na indústria apontam que a Volaris ou Viva Aerobús estariam interessado em comprar a Interjet. Porém Miguel afirmou que está conversando com aéreas internacionais para avaliar possíveis fusões. A lista de estrangeiras pode incluir o grupo IAG que controla a Iberia além da LATAM que já possui code-share com a Interjet.