Mulher é impedida de embarcar em um avião por causa de apenas 1 cm

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Foto de aeroprints.com, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia

Uma mulher de Brisbane, Austrália, lutando contra a distrofia muscular não poderá voar em um avião da Virgin porque sua cadeira de rodas tem 1 cm acima das dimensões de altura aceitas pela companhia aérea.

Reporta o News.com.au que Emma Weatherley, 40, tentou reservar uma viagem para Cairns para o próximo mês em 6 de abril, mas foi informada que a companhia aérea não aceitaria sua cadeira de rodas motorizada de 85 cm de altura a bordo.

“Eu fui para os EUA em 2017 com a Virgin e usei essa mesma cadeira de rodas sem problemas”, disse ela ao NCA NewsWire. “Esta cadeira cabe no porta-malas do meu Corolla e aparentemente não há espaço suficiente em um Boeing 737”.

A melhor opção que lhe foi dada seria ir ao aeroporto com sua cadeira e fazer o check-in, esperando que a companhia aérea aceitasse os 85 cm. Caso negativo, então a Sra. Weatherley teria que remover as rodas para que se encaixem nas dimensões aceitas. Acontece que a mulher diz que sua cadeira de rodas “não foi projetada para ser desmontada”.

“As rodas sozinhas custam US$ 10.000 e você precisaria desmontar o motor dentro delas – não foi projetado para isso, vai enfraquecer os motores quando forem montados novamente”.

Ela também disse que alugar uma cadeira de rodas manual não era uma opção. “Eu tenho distrofia muscular – não tenho força em meus braços para impulsionar as rodas para frente”, disse ela. “Eu literalmente precisaria fazer modificações em minha cadeira de rodas para que se encaixasse, o que é ridículo e custaria mais dinheiro”.

“Viajar com uma deficiência não deveria ser tão difícil – é exaustivo”.

Em nota, a Virgin disse que “não aceita cadeiras de rodas eletrônicas com altura máxima de 84 centímetros por razões de segurança. Se a cadeira de rodas de um cliente não couber nas dimensões após ser ajustada ou desmontada, ele precisaria viajar com um auxiliar de mobilidade alternativo – como uma cadeira de rodas manual – que se encaixasse nas dimensões permitidas”.

Embora a empresa não tenha dado mais detalhes, de fato, o porão do Boeing 737 possui limitações de tamanho e, dependendo do tamanho do equipamento, a carga pode não passar pela porta.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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