Mulher impedida de embarcar num voo porque ‘estava mostrando pele demais’

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Foto de Bidgee, CC BY-SA 3.0 AU, via Wikimedia

Uma mulher de 23 anos está reclamando que foi impedida de embarcar no voo VA-1447, de Adelaide para Gold Coast, da empresa aérea Virgin Australia, pois o pessoal da companhia achou que sua roupa era curta demais e estava “mostrando muita pele”, diz uma matéria do britânico Mail Online.

Segundo a história, a Srta. Catherine Bampton foi abordada no saguão porque os funcionários da Virgin sentiram que o modo como o “top estilo biquíni” estava sendo usado não era adequado para viagens. Enquanto isso, o site da Virgin Australia afirma que os passageiros que não atenderem aos requisitos mínimos de vestimenta da companhia aérea podem ser impedidos de viajar.

Uma foto do traje que a moça vestia no momento da abordagem no aeroporto não foi publicada, ao invés disso, ela cedeu outra foto ao The Times (abaixo).

O dress code pede que os passageiros usem calçados, roupas adequadas e que cubram a metade inferior do corpo, como shorts, saias ou calças, e uma camisa (camisetas são aceitáveis) para poderem voar, de acordo com o site da empresa.

Os australianos podem ser surpreendentemente conservadores. Os lounges da Qantas, por exemplo, têm um código de vestimenta obrigatório. Mas a marca Virgin sempre vendeu uma imagem mais liberal, então muitos ficaram surpresos com o impedimento do embarque da moça.

A Virgin Australia disse que a empresa estava revisando o incidente.

“As diretrizes de vestimenta em nossas aeronaves são semelhantes às de outras companhias aéreas aqui na Austrália e a grande maioria das que voam conosco as cumpre ou as supera”, disse um porta-voz da Virgin Australia.

“Sempre foi nossa intenção que aqueles que viajam com a Virgin Australia se sintam bem-vindos e tenham uma viagem confortável. Estamos realizando uma revisão do incidente e, embora nenhuma reclamação formal tenha sido recebida até o momento, tentamos de forma proativa entrar em contato para entender melhor o que aconteceu”, seguiu a nota.

Outras situações parecidas aconteceram recentemente, mas nos Estados Unidos. Em novembro, a Southwest Airlines expulsou uma modelo de um voo por causa de seu traje revelador. E em outubro, um piloto da Southwest deu a uma mulher sua camiseta para que ela pudesse voar, já que seu top decotado foi considerado impróprio pela companhia aérea.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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