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Sabia que não só o nariz do avião Concorde se movia para pousos e decolagens?

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Você já viu em detalhe como era o funcionamento do nariz móvel do icônico avião supersônico Concorde? Sabia que algo mais se movia, e não apenas o nariz? A seguir, veja vídeos e informações sobre esse curioso mecanismo.

Embora já sabido por quem tem maior proximidade com a aviação, nas filmagens acima é possível ver algo não tão conhecido por aqueles menos familiarizados com o jato: não apenas o próprio nariz no movia, mas também o para-brisas se deslocava no conjunto móvel da aeronave.

Todo esse sistema foi desenvolvido para solucionar um problema que surgiu devido à natureza operacional do Concorde. Por ser um avião supersônico, seu nariz precisou ser muito longo para ter o afilamento necessário aos voos acima da velocidade do som. Mas esse comprimento gerava um bloqueio aos pilotos na hora de enxergarem a pista durante pousos e decolagens.

Assim, a medida encontrada pela fabricante Aérospatiale/BAC foi criar um nariz articulado, que pudesse ser abaixado para liberar a visão nas operações de pouso e decolagem, e levantado para dar a aerodinâmica correta ao voo de alta velocidade. Mas, apenas o nariz não era suficiente.

Também por conta da forma da fuselagem para o voo supersônico, o para-brisas possuía alta inclinação. Assim, como o Concorde pousava e decolava com alto ângulo de incidência (ou seja, bastante “empinado”) por conta das características aerodinâmicas de seu projeto, o para-brisas se tornou outro dificultador de uma boa visão.

Portanto, foi necessário também “tirar da frente” esse para-brisas de alta inclinação e ter atrás dele um menos inclinado, permitindo melhor visão do solo pelos pilotos. Muito curiosa a engenhosidade das soluções deste projeto, não acha?

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