Militares do México flagaram um jatinho voando sem autorização e o interceptaram, obrigando-o a pousar numa rodovia, onde uma grande operação de busca foi feita. O pequeno jato acabou destruído.
Como aconteceu
Segundo o jornal mexicano Milenio, o jato Hawker 700 de matrícula XB-RCM, fabricado em 1981, entrou no país pela Península de Yucatán e vinha sendo acompanhado pelos radares militares mexicanos, principalmente por não ter plano de voo e nem estar com o transponder ligado.
Logo após o jatinho ingressar no espaço aéreo mexicano, a Força Aérea local foi acionada, deslocando dois jatos brasileiros Embraer E145 AEW&C de vigilância aérea, equipados com um radar na fuselagem, para acompanhar o jato incursor à distância e mapear sua localização com maior precisão.
Para a intercepção, foram deslocados dois turboélices Beechcraft T-6 Texan II, similares ao brasileiro Embraer Super Tucano. Os dois aviões Texan chegaram próximo ao jato e tentaram contato via rádio, mas sem sucesso. Em seguida, sinalizaram aos pilotos do jato para que esses os seguissem até a Base Aérea de Cozumel, mas também sem sucesso.
Por desespero e com receio de serem pegos, os pilotos do jatinho decidiram então pousar na rodovia Carrillo-Mérida, na região de Ocho Venados. Quando perceberam isso, os pilotos dos turboélices mexicanos avisaram ao comando central sobre a possível tentativa de fuga.
Para evitar que isso ocorresse, um grupo de operações especiais foi enviado num helicóptero Bell 412, assim como forças terrestres. O helicóptero foi recebidos à tiros, e os militares revidaram, mas nenhum agente público ficou ferido.
Os narcotraficantes fugiram após o pouso, mas não sem antes colocar fogo no jatinho.
Uma busca posterior não encontrou nenhuma droga na aeronave, porém um caminhão abandonado foi encontrado perto dali com 385 quilos de cocaína pura, uma quantidade equivalente a R$26 milhões de reais.
A cena parece de filme e, inclusive, lembra um pouco um trecho do filme brasileiro Segurança Nacional, que mostra o emprego do Embraer E145 AEW&C com o Super Tucano, de maneira similar ao que foi feito pela Força Aérea do México, confira:
