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NASA vai usar avião civil que faz manobras especiais para simular a gravidade zero

A Zero Gravity Corporation (ZERO-G) ganhou um contrato da NASA para ser seu primeiro provedor de voos parabólicos operado comercialmente e aprovado pela FAA. O contrato tem valor de US$ 7.500.000 e duração de cinco anos. O acordo é significativo, pois permite que todos os Centros da NASA e outras entidades governamentais em todo os EUA adquiram voos de pesquisa diretamente da ZERO G, uma opção não amplamente disponível até agora.

Espera-se que a ZERO-G conduza o primeiro de muitos voos parabólicos, que simulam a gravidade zero, para pesquisas gerenciadas pela NASA logo no primeiro trimestre de 2022.

“Trabalhar neste contrato para voar com pessoal da NASA irá acelerar a pesquisa crítica para missões bem-sucedidas na órbita baixa da Terra, no espaço profundo e, eventualmente, na habitação humana em outros planetas. A ZERO-G tem o prazer de expandir nosso já forte relacionamento com a comunidade da NASA”, disse a diretora de pesquisa e educação da Zero Gravity Corporation, Michelle Peters.

O programa de pesquisa “Weightless Lab” da ZERO-G oferece voos parabólicos para entidades governamentais e empresas privadas ou públicas para testar equipamentos e treinar pessoal com destino ao espaço. Desde 2010, a ZERO-G tem voado com entidades privadas e pesquisadores conduzindo investigações nas áreas de estudos biomédicos e farmacêuticos, ciência dos materiais, engenharia aeroespacial, habitação humana na Lua, Marte e espaçonaves e muito mais.

Para obter mais informações sobre os próximos voos de pesquisa, visite https://www.gozerog.com/zero-g-research-programs/ .

Como funcionam os voos parabólicos

Uma aeronave Boeing 727, apelidada de G-FORCE ONE e especialmente modificada, atinge a gravidade zero voando em manobras acrobáticas chamadas parábolas. Pilotos especialmente treinados realizam essas manobras, que não são simuladas de nenhuma outra forma. Os passageiros Zero-G experimentam uma verdadeira ausência de peso. 

Assista ao vídeo abaixo para saber mais.

O G-FORCE ONE voa em blocos de espaço aéreo designados pela FAA com aproximadamente 160 quilômetros de comprimento e 16 quilômetros de largura. O processo começa com a aeronave voando ao nível do horizonte a uma altitude de 24.000 pés. 

Os pilotos então aumentam gradualmente o ângulo da aeronave para cerca de 45° em relação ao horizonte até atingir uma altitude de 32.000 pés. Durante esta fase, os passageiros sentem a atração de 1,8 G. 

Em seguida, o avião atinge o topo do arco parabólico e a fase de gravidade zero começa. Pelos próximos 20-30 segundos, nada no avião tem peso. 

Finalmente, o avião sai suavemente da manobra, permitindo que os pilotos retornem gradualmente ao chão da aeronave. 

A manobra é realizada 15 vezes ao longo de cada voo, cada uma levando cerca de dezesseis quilômetros de espaço aéreo para ser concluída. 

Além da gravidade zero, os pilotos a bordo do G-FORCE ONE experimentam a gravidade lunar (um sexto do seu peso) e a gravidade marciana (um terço do seu peso), obtida voando em um arco mais amplo sobre o topo da parábola. Em um voo normal, as parábolas são voadas em séries de três a cinco, com curtos períodos de voo nivelado entre cada série.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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