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Neeleman ameaça ação legal após golpe de diretoria na Aigle Azur

Os acionistas da companhia francesa Aigle Azur estão presos em uma batalha que pode ameaçar seu futuro. David Neeleman, que detém 32% da empresa, ameaça tomar medidas legais contra outro acionista que assumiu o controle da companhia, demitindo o CEO responsável pelos planos de expansão de longo prazo.

Avião Airbus A330 Aigle Azur
Airbus A330-200 da Aigle Azur

A nova liderança assumiu o controle da Aigle Azur sem a aprovação dos acionistas. Em meio a tensões entre seu agora ex-presidente Frantz Yvelin e acionistas, a companhia foi assumida por Gérard Houa, acionista da Lu Azur, que detém 19% do capital, informou a agência de notícias AFP.

Houa é presidente da Fondation France Chine, uma plataforma de diálogo entre líderes franceses e chineses, e também representante do conglomerado chinês HNA Group, que detém 49% da Aigle Azur, ao lado de David Neeleman e de Houa.

Yvelin foi abruptamente demitido na manhã da última segunda-feira, 26 de agosto, junto com outros três executivos.

“Gérard Houa agora detém a presidência da Aigle Azur e Philippe Bohn o cargo de gerente geral”, disse um comunicado assinado pelos dois novos líderes. “Os erros estratégicos dos últimos dois anos devem parar”, acrescentaram, criticando a liderança de Yvelin, que assumiu o comando em setembro de 2017.

Airbus A330-200 da Aigle Azur em aproximação para Campinas

Eles também criticaram os acionistas por terem “abandonado” a operadora em meados de agosto. “A Aigle Azur, para sobreviver, exige ações vigorosas e imediatas”, disse o comunicado.

“Os acionistas há muito foram mantidos na ignorância” da situação da empresa, cujos resultados haviam sido reportados anteriormente ” até mesmo com um pequeno superávit”, quando, de fato, “entre novembro de 2017 e junho de 2019, a Aigle Azur perdeu mais de 50 milhões de euros”.

Neeleman disse à AFP e ao jornal Les Echos que ele não demitiu Yvelin, “que ainda é presidente da Aigle Azur”, e que pretendia tomar medidas legais contra Houa por usurpar a administração da companhia aérea. Ele alegou que o grupo HNA também desaprovou as ações de Houa.

A aérea francesa suspendeu recentemente a venda de bilhetes do seu voo para o Brasil, que é realizado quatro vezes por semana na rota Paris (Orly) – Campinas com o Airbus A330-200, em parceria com a Azul Linhas Aéreas.

Informações pelo ch-aviation.

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