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A série apocalíptica Noite Adentro (Into The Night) da Netflix estreou este mês e chamou a atenção pela trama em si e por ter sido gravada a bordo de um Airbus A320. Veja algumas curiosidades abaixo, com a tranquilidade de que não daremos “spoilers”.
Nesta época de quarentena, a Netflix tem sido uma das principais fontes de entretenimento de muita gente, e seu catalogo agora conta com uma série belga que tem a aviação como mote e cuja história de ficção envolvente conta com poucos erros técnicos.
Durante o embarque do voo BE Airways 21, de Bruxelas para Moscou, o oficial italiano adido na OTAN, Terenzio Matteo, sequestra o avião e obriga o piloto a decolar sem destino certo, apenas afirmando que “deve fugir do sol e voar noite adentro“.
O que, de início, parece apenas um sequestro de um militar surtado, torna-se uma dura realidade quando Terenzio é confrontado pelos outros passageiros e revela que o sol está matando as pessoas e, para sobreviver, é necessário estar sempre sob a luz da lua (se quer saber se é possível voar sempre na escuridão, veja adiante).
Com o desenrolar da série, cujo plot acontece em torno do grupo de passageiros e tripulantes tentando sobreviver e entender o acontecido, veremos as pessoas enfrentando diferenças culturais e éticas, que vão de racismo à democracia e que, talvez, sejam as lições deixadas no final de tudo.
Assista ao trailer, abaixo (aguarde carregar):
Diversidade do “voo”
A bordo da aeronave estão os tripulantes belgas Mathieu Daniel Douek (Laurent Capelluto), a comissária Gabrielle (Astrid Whettnall) e o mecânico Jakub Kieslowski (Ksawery Szlenkier). Dentre os passageiros estão Sylvie, personagem central da trama que é uma piloto de helicóptero recém-saída do Exército Francês e que acaba se tornando a copiloto do voo, auxiliando o comandante Mathieu.
O ambiente multi-étnico, com pessoas de diferentes nacionalidades, como turcos, árabes, russos, italianos, franceses e africanos, permite uma grande identificação do espectador com alguma personagem.
Mas a parte aeronáutica é muito interessante. A produção recriou de maneira incrível a cabine de um Airbus A320, já que seria caro demais alugar um avião de verdade e ficar ali, filmando por semanas.
No vídeo abaixo, veja um pouco dos bastidores da produção:
O “mockup” de gravação foi feito na escala 1:1, com todos os assentos e sem adaptações, com cockpit, galley, executiva, econômica e tudo que tem direito na aeronave real. Inclusive o fuzil FN FNC que Terenzio rouba é o mesmo utilizado pelas forças belgas que patrulham o aeroporto de Bruxelas (mas não na área de embarque).
Chamam a atenção detalhes como sequência de ações para pouso e decolagem, call-outs durante a aproximação, tipos de panes apresentadas, além de disposição dos equipamentos: o compartimento “secreto” do avião está exatamente onde é na vida real.
Crítica até agora
As críticas têm sido bastante positivas, principalmente por ser uma história direta e ter um clima de suspense que prende o espectador do início ao fim.
A série ainda não teve sua segunda temporada confirmada, mas pela boa recepção é bem provável que a Netflix renove o contrato. Ficamos na expectativa, pois assistimos e recomendamos. É uma das poucas produções “de cinema” que possuem uma fidelidade altíssima com a aviação.
E, como dissemos acima, os únicos spoilers que fazem parte desse texto são os dispositivos que ficam nas asas do avião.
Voando fugindo do sol
O Lito, do Aviões e Músicas, explicou no vídeo a seguir como seria possível voar apenas fugindo da luz do sol:
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