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Norwegian Air pede recuperação judicial na Dinamarca e Suécia

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Low-cost Norwegian Air entrou com pedido de recuperação judicial na Dinamarca e Suécia, através das suas subsidiárias de propósito específico.

Norwegian 787

A emprea já vinha de uma grande crise mesmo antes da pandemia do novo coronavírus ter surgido, e agora se torna candidata à falência, seguindo uma fila puxada pela FlyBe e, potencialmente, pela tradicional South African Airways.

Conhecida por ser a pioneira nos voos intercontinentais de longo-curso sob um conceito low-cost, a Norwegian viu seu negócio ter um “boom” nos últimos anos, sobretudo nas viagens entre os EUA e Europa. Uma parte de sua estratégia compreendia utilizar de seus hubs nos países escandinavos para conectar os dois continentes.

Agora, com o choque trazido pela pandemia, as subsidiárias Norwegian Pilot Services Sweden AB, Pilot Services Denmark ApS, Cabin Services Denmark ApS e Air Resources Denmark LH ApS entraram com pedido de recuperação judicial (RJ) nas respectivas cortes nacionais.

Estas subsidiárias são de propósito específico, ou seja, foram criadas para apenas empregar pilotos (Pilots Services), comissários (Cabin Services) e pessoal de solo (Air Resources).

O motivo para criá-las tem objetivo jurídico, já que é uma espécie de terceirização, com certa similaridade ao que é feito na aviação regional dos EUA e também na Europa. Esta terceirização consegue reduzir salários e carga de impostos, além de facilitar para a empresa a negociações com os sindicatos, vide que são pequenas empresas e não apenas uma grande.

Outro ponto é que a empresa, apesar de ser fundada na Noruega, tem forte presença nos outros países escandinavos, assim como faz a sua concorrente SAS Airline, além de manter subsidiárias na Irlanda e Reino Unido. Os tripulantes noruegueses, que são contratados diretamente, não foram afetados até agora por esse pedido de recuperação judicial (RJ).

“Nossos pilotos e comissários são o coração do nosso negócio e eles fizeram um trabalho fantástico por vários anos. É de quebrar o coração que as nossas subsidiárias de tripulantes na Dinamarca e Suécia foram forçadas a pedir RJ. Estamos trabalhando como nunca para passar por essa crise e retornar mais forte como nunca, com o objetivo de trazer o máximo de colegas de volta aos ares mais rápido possível”, declarou o CEO do grupo Norwegian, Jacob Schram.

É interessante ver a comoção do CEO, se referindo às empresas do grupo como terceiros realmente, enquanto que a manutenção do trabalho dos tripulantes está intimamente ligada às operações das empresas aéreas. E, se a empresa não voa, tripulante não recebe.

Os pedidos de Recuperação Judicial destas subsidiárias irão afetar diretamente 1.571 pilotos e 3.134 comissários da empresa.

Pela Assessoria de Imprensa da Companhia Aérea

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