Norwegian terá mais rotas na América Latina, com o Brasil ainda no radar

A Norwegian parece querer competir de igual para igual com outras grandes empresas aéreas da Europa e América do Sul, seguindo sua tradicional estratégia de operar voos diretos e baratos. Segundo informações de mercado, a companhia aérea já começou a negociar com vários governos latino-americanos, inclusive o brasileiro, para começar a operar novos voos o mais rápido possível. 

Atualmente, a Norwegian já tem voos diretos que ligam Londres a Buenos Aires e ao Rio de Janeiro, mas olha além. Com aprovações já em mãos, a empresa vai iniciar em breve a ligação entre Madrid e Buenos Aires e também da capital espanhola a Lima, no Peru. Em paralelo, as negociações já estão avançadas para início de uma rota entre Londres e Puerto Iguazu, onde ficam as Cataratas, e também para uma ligação entre a Argentina e os Estados Unidos.

O desejo de aumentar a presença no Brasil permanece forte e, embora ainda não tenha sido anunciado nada, a companhia estaria preparando-se para estrear mais uma rota em território brasileiro em breve. Imaginamos que deva ser longe das megalópoles.

Crédito complicado

Se em nível estratégico a Norwegian está de olho na América Latina, em nível financeiro ela está de olho em 16 de setembro. Esse é o dia em que seus investidores terão que decidir se estenderão os vencimentos dos títulos de uma dívida de 345 milhões de euros por dois anos. 

O adiamento solicitado pela Norwegian reacendeu dúvidas sobre a viabilidade da companhia aérea e demonstra claramente suas dificuldades financeiras, pois apenas duas semanas atrás ela recebeu 222 milhões de euros pela venda do Norwegian Bank, além de outros 300 milhões pelo aumento de capital no início do ano. Nesse meio-tempo, as ações da empresa caíram quase 80%.

Como se isso não bastasse, a companhia aérea tem um CEO interino e teve que enfrentar a paralisação de 18 aeronaves Boeing 737 MAX 8 desde março. Uma situação que causou grandes perdas e levou a uma reorganização operacional cara. Apesar de tudo, Geir Karlsen, diretor financeiro e CEO interino, insiste que a nova estratégia de aumentar a lucratividade está dando resultados. Garante ele que as receitas aumentam, apesar da diminuição no número de passageiros transportados.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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