As companhias aéreas da Coréia do Sul já aterraram nove aviões Boeing 737 Next Generation (NG) devido ao problema das trincas na estrutura, informou o Ministério da Terra, Infraestrutura e Transporte do país nesta quinta-feira, 24 de outubro.
Segundo o Korean Times, as companhias aéreas realizaram as inspeções de emergência no modelo da Boeing e descobriram que nove estavam com o defeito nos “pickle forks”, os quatro garfos (ou forquilhas) que fixam as asas na fuselagem. Até agora, não havia uma confirmação sobre o número exato nas companhias sul-coreanas.
A principal companhia aérea do país, a Korean Air, tirou de operação cinco aviões, seguida pela Jin Air com três e pela Jeju Air com uma aeronave, disse uma autoridade.
O Boeing 737NG é a versão anterior da família 737, agora em sua versão mais avançada 737 MAX, que enfrenta graves problemas para retornar ao serviço.
No final de setembro, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) emitiu uma diretriz de aeronavegabilidade determinando a inspeção dos aviões Boeing 737NG depois que a fabricante Boeing alertou para um problema de rachadura na estrutura, destacada na imagem a seguir (a peça à esquerda é o “pickle fork”, e o desenho à direita é a estrutura da fuselagem).
As companhias aéreas da Coréia do Sul operam 150 aeronaves 737NG, e 42 delas se enquadravam nos critérios de prazo de inspeção imediata. Mas muitos especialistas esperam que o número total de casos defeituosos aumente à medida que as inspeções dos demais aviões sejam efetuadas quando os prazos foram atingidos.
“Realizaremos inspeções nos 737NG restantes para verificar se existem problemas de segurança e tomaremos as medidas necessárias”, disse uma autoridade do ministério dos transportes do país.
Os reparos exigem consultoria técnica à fabricante norte-americana para que a manutenção possa começar o mais cedo quanto possível, e o reparo em si (remoção das asas para troca das peças defeituosas) é estimado em três semanas.
Veja os vídeos da troca da peça, divulgados quando a primeira aeronave da GOL foi levada até os Estados Unidos para cumprir a manutenção:
Antes dessa confirmação por parte da autoridade sul-coreana, já eram conhecidos números de algumas outras companhias que retiraram os 737NG de operação ao redor do mundo ao detectarem as trincas, como no caso da própria GOL. Veja mais informações nas matérias a seguir:
