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O mais ‘apertado’ dos Boeing 737, o MAX 200, será certificado nesta semana

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A Ryanair espera que, nos próximos dias, o mais “apertado” de todos os Boeings 737, o MAX 200, seja certificado para finalmente poder voá-lo.

Divulgação – Ryanair

Apesar do nome diferente, o jato é apenas uma versão modificada do 737 MAX 8, que algumas empresas chamam de 737-8, e que a Ryanair batizou de 737-8-200. Evitar o nome MAX tem sido a estratégia de algumas empresas, para que o passageiro não perceba que está embarcando em um jato do modelo. Apesar de ter sido recertificado seguindo rígidos protocolos, ainda há muita gente desconfiada.

Mas o jogo foi virado. O 737 MAX 8 foi recertificado em dezembro passado e tem voado sem problemas desde então.

Independente disso, pouco antes da suspensão dos voos, no início de 2019, a Boeing já preparava o MAX 200 para a Ryanair, numa encomenda exclusiva. Basicamente, a mudança está na configuração interna, onde as galleys (cozinha de comissários) foram removidas na parte traseira e reduzidas pela metade na parte dianteira.

Com isso, 12 assentos foram adicionados na aeronave, totalizando 197 passageiros, ou “praticamente 200”, de onde vem a designação especial do jato.

No entanto, isso veio com um custo: com um número acima de 190 passageiros, foi necessário adicionar uma saída (porta) de emergência, para assegurar o tempo de evacuação máximo da aeronave em caso de um acidente.

Para a instalação desta porta foi excluída uma fileira de assentos, a fim de formar um corredor com espaço e sem obstrução no caso de uma evacuação. Para compensar a perda destes seis assentos, a Ryanair apertou ainda mais o jato.

E aí veio o resultado nada agradável: esse será o Boeing 737 mais apertado em operação, com apenas 28 polegadas (71cm) de pitch, que é a distância entre “dois mesmos pontos” em assentos que estão um atrás do outro. Um exemplo é medir a distância entre a parte onde você encosta a cabeça na cadeira e o mesmo ponto do assento à frente.

Isso é bem menos do que a média do mercado, sendo que, por exemplo, a American Airlines utiliza 30 polegadas de pitch (seriam 29, mas as críticas de aperto foram tantas que a empresa mudou de ideia) e a brasileira GOL tem média de 32 polegadas de pitch.

Mas a Ryanair mantém a estratégia, já que reduzirá o custo do voo com mais passageiros voando, mantendo sua política de custos baixos e tarifas baratas.

Segundo a FlightGlobal, a FAA deve certificar o MAX 200 ainda nesta semana, e o seu par europeu, a EASA, na semana seguinte, permitindo entregas para a Ryanair nos primeiros dias de abril.

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