Onde e com que aviões a Azul tem voado na pandemia? Veja o infográfico

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A pandemia modificou a forma como os passageiros viajam e a Azul tem focado totalmente no mercado doméstico, veja como a empresa reagiu até agora.

Avião Embraer E195 Azul Linhas Aéreas

Os dados aqui apresentados foram extraídos por nosso parceiro RadarBox, pioneiro no rastreamento de voos em tempo real com a tecnologia ADS-B. As informações são baseadas na movimentação de aeronaves. No infográfico abaixo, é possível ver um mapa de calor, dos aeroportos que são mais usados pela empresa, sendo visíveis os hubs em Viracopos, Confins e Recife.

O Centro-Oeste e o Norte, por sua vez, têm voos mais esparsos, em contraste com o Nordeste, que tem poucas áreas do litoral não cobertas, demonstrando a recuperação alimentada pelo turismo doméstico.

Já a divisão por aeroportos não mudou as posições, mas mostra que Campinas se fortaleceu mais que Confins, que hoje está mais próximo de Recife. Antes da pandemia, a média de voos em Viracopos (VCP) chegava a 200 diários, em CNF a 100, e REC em torno de 70 a 80.

Com o Coronavírus, as operações se concentraram mais em Campinas, que tem tido mais do que o dobro de Confins, que tem não mais que 10 voos a mais do que Recife.

Guarulhos, por sua vez, foi ultrapassado por Congonhas por uma pequena margem de apenas um voo diário a mais em média, apontando novamente para o enfraquecimento dos voos internacionais, que movimentam mais o maior aeroporto do país.

Utilização de Aeronaves

Dados bem interessantes e inéditos referem-se à utilização dos aviões da Azul, que tem a frota mais diversa do país, com um intervalo de 68 até 298 assentos, além dos Caravans com espaço para 9 viajantes.

Note, no entanto, que este levantamento não inclui os Cessna C208 Caravan da subsidiária Azul Conecta. O motivo é que a empresa estava ainda sendo integrada no período inicial de análise dos dados (fevereiro de 2020 até fevereiro de 2021), além de os C208 voarem em alguns locais remotos, sem cobertura ADS-B.

As aeronaves com maior média diária de voos são os Embraer de primeira geração: o E190-E1 que pode levar até 106 passageiros, mas que já está sendo retirado da frota, e o E195-E1 com 118 passageiros. Eles chegaram a fazer praticamente seis voos por dia, cada. O novo E195-E2 ainda tem pouca participação, mas tem feito trechos mais longos que os Embraer de primeira geração, e deve ter sua taxa de utilização aumentada nos próximos anos.

Por fazerem rotas mais longas, os Boeings 737-400F cargueiros, os Airbus A330-200 e A330-900neo, fazem menos voos por dia, mas voam por mais horas, ficando com uma média bastante alta de horas voadas por dia.

Um avião que se destaca neste meio é o novo Airbus A321neo, que faz voos mais longos que os jatos Embraer, em rotas mais densas. Seu “irmão menor”, o A320neo, tem uma média de voos diários bem próxima dos jatos brasileiros Embraer. Inclusive, a espinha dorsal da empresa hoje está em torno do A320neo, que, se multiplicada sua média diária de horas voadas pelo número de aviões na frota, chega-se a 386 horas de voo por dia.

Vale lembrar que os dados apresentados aqui representam os voos registrados pelo rastreador de voos RadarBox. Com isso, incluem-se voos de translado, de carga feitos por aviões de passageiros (como os que foram à China para buscar suprimentos) e até mesmo de devolução de jatos antigos ou entrega de novos aviões, dando apenas uma noção geral sobre a realidade da companhia.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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