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Operando apenas Jumbos, Cargolux aumenta 38 vezes seu lucro na pandemia

Boeing 747-8F da Cargolux

A companhia aérea europeia Cargolux, sediada em Luxemburgo e conhecida no Brasil por seus voos regulares com Boeing 747 para os aeroportos de Viracopos, Afonso Pena e Galeão, registrou um aumento de pouco mais de 38 vezes em seu lucro anual durante o exercício de 2020.

Em meio à crise gerada pela pandemia da Covid-19, a empresa foi amplamente beneficiada de sua grande frota composta exclusivamente por aviões Jumbo Jet cargueiros, altamente demandados por conta da falta de capacidade de “barriga” dos aviões de passageiros (uma parte relevante da carga mundial é transportada nos porões dos aviões de passageiros, e a parada destes na pandemia levou à alta demanda pelos jatos puramente cargueiros).

Em comunicado sobre a divulgação de seus resultados operacionais e financeiros, a companhia destacou que o ano de 2020, em que o Grupo festejava seus 50 anos, revelou-se excepcional. A Cargolux obteve um lucro líquido após impostos de US$ 768,7 milhões, contra US$ 20 milhões no ano anterior, um aumento de 38,4 vezes.

Um raio-X dos negócios

Segundo a companhia, com a eclosão da pandemia da COVID-19 que impactou fortemente a indústria da aviação, incluindo a carga aérea, as perspectivas para o ano 2020 eram originalmente bastante sombrias, com a produção interrompida na China, devido ao surto do que acabou resultando na pandemia de Covid-19.

A situação resultou em uma queda significativa na capacidade de frete aéreo disponível devido à parada da maioria das operações de passageiros de longo curso, resultando em uma demanda sem precedentes pelo transporte de suprimentos de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e também por outros produtos que passaram a contar com o transporte aéreo para manter intactas as cadeias logísticas.

Com isso, a Cargolux desempenhou um papel fundamental no fornecimento de suprimentos essenciais durante a crise da COVID-19, aliviando o vazio deixado por aeronaves de passageiros no solo e mantendo as cadeias de suprimentos em movimento. A empresa comenta que voou continuamente em meio às mudanças de restrições em todo o mundo para responder à demanda do mercado.

A consequência foi que a empresa está atualmente (em 2021) em quarto lugar no ranking da IATA das 25 principais transportadoras regulares internacionais de carga.

A empresa descreve que adaptou sua rede para otimizar seus serviços e operar de acordo com as necessidades do mercado global. A frota dedicada de 747 da companhia aérea provou ser um grande trunfo em um ano operacionalmente desafiador. A demanda por serviços fretados também permaneceu forte ao longo do ano.

No final de dezembro de 2020, a frota total de 30 aeronaves era composta por dezesseis Boeing 747-400 cargueiros (10 B747-400Fs e 6 B747-400ERFs) e quatorze Boeing 747-8 cargueiros. Esta frota uniforme permite que a Cargolux responda às mudanças nas condições do mercado de maneira flexível e oportuna.

Boeing 747-400F da Corgolux

Perspectivas para 2021

Mais de um ano após o surto inicial, a pandemia da Covid-19 ainda não ficou para trás e ainda há muita incerteza quanto à evolução do vírus e ao ritmo e eficácia dos programas de vacinação.

Este desenvolvimento indica que a cadeia de abastecimento continuará a depender de cargueiros para manter as cadeias logísticas em funcionamento, visto que a maior parte das aeronaves de passageiros de longo curso permanece em solo.

A Cargolux declara que continua comprometida em seguir adaptando seus serviços à demanda do mercado e garantir que as cadeias de abastecimento continuem em movimento e as mercadorias sejam entregues quando necessário.

Informações da Cargolux

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