Como pilotos brasileiros podem obter Green Card e voar nos EUA?

Meses atrás foram divulgadas diversas matérias – porém com uma única fonte – que não existe crise para pilotos, como fosse a profissão perfeita e sem desemprego.

A realidade é claramente oposta (ao menos no Brasil): o número de pilotos desempregados é alto. A matéria foi divulgada por uma “escola” com a mesma velha história contada pelo dono de aeroclube o qual qualquer piloto já conhece: “O mercado tá aquecendo, você vai formar aqui e vai arranjar emprego em seguida”.

Mas e se um piloto brasileiro quiser voar nos EUA (onde existe uma demanda absurda) legalmente e de maneira permanente, é possível? Sim, mas não é para todos.

Conversamos com a Overseas Manpower Solutions (OMS), empresa americana especializada em recrutamento de estrangeiros (não só na área de aviação) com 17 anos no mercado.

Desde o início eles foram claros: a exigência nos EUA é alta (como já falamos anteriormente nesta postagem que cita o problema que a alta exigência causou no mercado americano de pilotos). Veja os requisitos:

· 1500 horas de voo documentadas

· Ter proficiência em Inglês ICAO 4 ou superior

· Licença ATP FAA (Aceitam pilotos que possuam uma licença PLA ANAC mas o piloto precisará converter a licença antes de dar entrada no processo)

O processo leva de 12 a 24 meses e resulta em um green card para o piloto, seu cônjuge e seus filhos menores de 21 anos. Durante esse período, a OMS ajuda com treinamento, hospedagem e conversão para um ATP da FAA.

Não é fácil, mas é real e claro. O diferencial da OMS é que ao invés de o piloto aplicar diretamente para uma companhia americana, ele se cadastrando com a empresa as chances de encontrar uma empresa são maiores, pois a OMS fará a análise da qualificação profissional dele e redireciona seu currículo às companhias americanas que estão em busca do perfil semelhante ao dele.

Vale lembrar que o investimento é só no caso de sucesso: o candidato deve pagar as taxas de aplicação ao Green Card ao governo americano (similar quando se aplica a um visto de turista). O valor referente ao serviço de assessoria da OMS só será cobrado após o primeiro dia de trabalho nos EUA.

Atualmente a companhia está com diversas oportunidades abertas para a Cape Air, uma das maiores aéreas regionais dos EUA. Atualmente ela opera uma vasta frota com 88 aviões Cessna C402 e quatro Britten-Norman BN-2 Islander.

A empresa realiza o chamado EAS – Essential Air Service, ou serviço aéreo essencial. Neste tipo de serviço o governo federal dos EUA subsidia rotas para cidades pequenas, onde não é viável financeira e operacionalmente operar jatos regionais como o Embraer E145.

O recrutamento atual é para comandantes com salário anual de $79.782 dólares (R$302 mil ou R$25 mil mensal). São diversas bases pelos EUA, incluindo o Caribe.

O regime de voos são três ou quatro dias por semana trabalhando até 13 horas por dia. A cada período de 28 dias trabalhados são garantidos 12 dias de folga.

Voando nas Major Airlines

A possibilidade para chegar nas grandes companhias é real: a Cape Air possui parcerias com a JetBlue a Spirit Airlines. Após dois ou três anos como comandante, o piloto fará transição para primeiro-oficial de Airbus A32F.

Também existem oportunidades para pilotos de asas rotativas tanto para voar em helicópteros ou converter suas licenças para voar em asa fixa.

Sem entrar em detalhes, a OMS afirmou que em um futuro próximo, teremos diferentes posições com menos exigências. Quando essas
oportunidades estiverem abertas divulgamos aqui no AeroIN em primeira mão.

Quer saber mais? A OMS irá fazer uma job-fair em São Paulo em maio. O evento será no Bourbon Hotel Ibirapuera nos dias 3 e 4. O evento é gratuito e contará com tradução simultânea, para se cadastrar clique aqui.

No evento o piloto Jairo juntamente com o time de recrutamento e jurídico da OMS estarão presentes para tirar dúvidas. O comandante foi um dos primeiros brasileiros a participar do programa onde converteu sua carteira de helicóptero e atualmente voa nos EUA.

No site da OMS também é possível ver diversos depoimentos de pilotos brasileiros que saíram até de companhias aéreas para realizar o seu American Dream.

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