País asiático torna-se o primeiro a banir comidas e bebidas em aviões

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O que antes eram apenas medidas adotadas pelas empresas aéreas, em consonância com as recomendações de órgãos de saúde, virou lei na Tailândia. Isso porque a Autoridade de Aviação Civil local (EKAT) anunciou a proibição de comidas e bebidas em voos domésticos até segunda ordem. A medida visa reduzir o ritmo das infecções por coronavírus no país.

A nova política, que entrou em vigor na véspera do Ano Novo, afeta os voos locais, que têm, no máximo, duas horas de duração. Além da proibição dos alimentos, as empresas aéreas também não poderão distribuir jornais e revistas aos passageiros. A única exceção à regra acontece em casos onde os passageiros, por motivos especiais (ex. saúde), não podem ficar sem comer ou beber, mas isso terá que ser feito na galley e longe dos demais viajantes.

A medida toma efeito num momento em que a Tailândia tem cerca de 8.500 casos e 65 mortes confirmadas por coronavírus, o que é um número bastante baixo, creditado à rápida resposta do governo e à quarentena obrigatória daqueles com sintomas. 

Essa nova política está em linha com algumas adotadas pelas companhias aéreas brasileiras no início da pandemia, embora não seja uma Lei no Brasil. Por alguns meses, várias companhias aéreas, incluindo Latam e a Azul deixaram de servir comidas aos passageiros, limitando-se a água. Em outros lugares do mundo, medidas mais e menos restritivas também foram adotadas, agora resta saber se o exemplo da Tailândia também se alastrará mundo afora.

De toda forma, a medida é temporária, até que o governo sinta conforto em afrouxar as restrições.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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