País permite entrada de viajantes ‘banidos’, desde que cheguem em jatinhos

Receba essa e outras notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Um benefício para super ricos é entrar num país paradisíaco sem ser questionado sobre ter tomado a vacina do coronavírus, desde que venha no seu jatinho privado.

Foto de Paul McFarlane, via Wikimedia

É exatamente isso o que deixa a entender o novo comunicado do governo das Ilhas Seychelles, um arquipélago de belas praias na costa leste do continente africano, próximo à Madagascar. Com a pandemia, a ilha viu sua principal fonte de renda, o turismo, desabar, e se tornou um dos primeiros países a liberar a entrada de quem está vacinado contra o coronavírus, mas existem exceções, como veremos a seguir.

Para entrar como um passageiro comum, provavelmente por um voo da Air Seychelles ou outra companhia aérea, é necessário, além da vacina, fazer parte da lista de países de “Categoria 1”, que são vários e de diversos continentes, incluindo China, Cuba, Uzbequistão, Austrália e Israel.

Ainda existe a “Categoria 2”, que é composta pela França, Alemanha, Itália, Suíça, Áustria e Emirados Árabes Unidos. Estes países não têm índices que poderiam permitir a entrada de seus cidadãos nas Ilhas Seychelles, mas dado o volume histórico destes viajantes no país, eles têm entrada autorizada, com condições.

A principal delas é que fiquem, no mínimo, os 10 primeiros dias em acomodações certificadas para Categoria 2, e não podem sair das instalações dos respectivos hotéis ou resorts.

Seychelles: paraíso acessível para brasileiros, em seus jatinhos

Agora, se o viajante não é de nenhum dos países listados, e isso inclui Brasil, EUA e Reino Unido, e também não tomou vacina, ainda existe um “jeitinho” de entrar: com o avião próprio.

Os passageiros de países ‘banidos’ podem ter sua entrada considerada e autorizada caso cheguem em jatinhos particulares, sendo próprios ou até mesmo alugados, “mas tem que ser de jatinho“, isto está em negrito e grifado no site oficial de turismo do país.

Após chegar em seu jatinho, o turista deverá ficar nos resorts certificados ou a bordo de iates. Então, nada de embarcar na lancha que aquela amiga mostrou no Instagram, tem que ser um barco grande.

Antes de viajar, mas com o jatinho, resort ou super iates reservados, o interessado tem que enviar um e-mail para o departamento de saúde da ilha para o caso ser analisado. Ao que tudo indica, se for de um país banido, mas tiver sido vacinado, o processo pode ser facilitado.

O claro alvo desta atitude é atrair milionários e super milionários para gastarem na ilha, principalmente nos resorts e nos aluguéis de embarcações. É uma abordagem diferente e até não-inclusiva, mas chegar até lá em dias normais não é barato e já é algo para poucos.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

Veja outras histórias