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Para não absorver funcionários, Breeze desiste de comprar outra empresa aérea

Avião Embraer E195 Breeze Neeleman
Concepção gráfica da pintura da Breeze

Após idas e vindas sobre como a nova empresa de David Neeleman iria começar, a americana Breeze Airways agora desistiu de comprar uma companhia aérea concorrente.

Em julho, Neeleman tinha falado que havia encontrado um acordo melhor do que o da Azul para conseguir os jatos Embraer E195-E1 necessários para começar a empresa e que o repasse dos aviões da empresa brasileira para a americana havia sido postergado anos para frente. Essa saída da qual falou Neeleman residia na compra do certificado de operação de outra empresa aérea e seria uma saída rápida para a Breeze conseguir sua autorização para voar perante a FAA.

Em paralelo a isso, John Rodgerson, CEO da empresa brasileira, falou durante evento na semana passada que os aviões vão sim para a Breeze, começando já no próximo mês de setembro. Isso deixou uma interrogação na cabeça de todos, pois a última informação dava conta de que esse repasse de aeronaves só aconteceria daqui a alguns anos.

No entanto, hoje surgiu a razão das mudanças. A empresa americana, baseada no Utah, desistiu de comprar o Certificado de Operador Aéreo (COA) da Compass Airlines, companhia aérea regional que fechou as portas por conta da Pandemia do Coronavírus.

A mudança nos planos veio depois que a Associação dos Pilotos de Linha Aérea dos EUA (ALPA) e a Sun Country (outra empresa aérea) contestaram na justiça esta compra do COA, alegando que se fosse transferido da Compass para a Breeze, a mesma deveria também transferir todos os funcionários, honrando o seu contrato.

Para evitar este custo indesejado e uma batalha judicial, a Breeze desistiu do negócio e informou ao Departamento de Transporte que irá obter um COA próprio, informou Edward Russel, do portal The Points Guys.

Com isso, a empresa pode demorar mais alguns meses para fazer o primeiro voo, já que teria que homologar do zero seus manuais, procedimentos e fazer auditorias. De qualquer forma, o início das operações ainda está previsto para 2021.

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