Passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul é identificado com COVID-19

Boeing 787 da Ethiopian Airlines

Um passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul e que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no último sábado, dia 27 de novembro, em um voo da Ethiopian Airlines, testou positivo para COVID-19.

Atualmente, somente a Ethiopian Airlines mantém voos regulares de passageiros chegando à cidade de Guarulhos vindos de Addis Abeba, na Etiópia. A frequência, de acordo com o sistema de voo da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), é de três operações por semana, de segunda-feira, quarta-feira e sábado.

A Anvisa fiscaliza e exige, por força de portaria interministerial, que os viajantes apresentem exame RT-PCR negativo para COVID-19 realizado em, no máximo, 72 horas antes do voo internacional (na origem do voo). O passageiro em questão chegou ao Brasil com teste negativo, e assintomático, no voo ET-506 do sábado, 27/11.

No entanto, após sua chegada, a Agência foi informada, às 21h12 do mesmo dia, sobre o resultado positivo de novo teste de RT-PCR, realizado pelo laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos.

Voo da Ethiopian Airlines ao Brasil no último sábado (27) – Imagem: RadarBox

Diante do resultado, a Anvisa notificou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) nacional, estadual e municipal, à 1h07 de domingo, dia 28/11. A Vigilância Epidemiológica do município de Guarulhos também foi acionada para acompanhamento do caso.

Após a identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, o paciente foi colocado em isolamento e já cumpre quarentena residencial. Os órgãos de saúde estadual e municipal estão monitorando o caso. O Ministério da Saúde acompanha a situação.

Conforme recomendação da Anvisa, a Portaria Interministerial n. 660, de 27 de novembro de 2021, colocou restrições em voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.

A agência também recomendou, no último sábado (27), que Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia fossem incluídos na lista de países sujeitos a restrições.

De acordo com a portaria vigente, os viajantes brasileiros procedentes ou com passagem pela República da África do Sul, República do Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue, nos últimos quatorze dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverão permanecer em quarentena por 14 dias, na cidade do seu destino final.

Em que pesem as restrições relacionadas aos viajantes provenientes desses países ainda não estarem em vigor, conforme a Portaria n. 660/2021, a Anvisa, desde a última sexta-feira (26), ao identificar o risco de transmissão da nova variante Ômicron, já vem atuando para captação de eventuais riscos de sua disseminação no Brasil.

A Rede Cievs, ligada ao Ministério da Saúde, também realizará os procedimentos de contato com os passageiros e tripulantes para monitoramento das condições de saúde e direcionamento dos viajantes aos serviços de atenção à saúde, bem como a adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19. As autoridades de saúde também ficarão responsáveis pelo mapeamento genômico para identificação da variante.

A Anvisa reforça que realiza a triagem em aeroportos brasileiros desde o início da pandemia, a fim de adotar as ações de prevenção e promoção da saúde nos casos de identificação de viajantes infectados pelo vírus Sars-CoV-2.

Informações da Anvisa

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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