Passageiro processa empresa aérea alegando que comissário lhe abusou sexualmente em voo

Imagem: Spirit Airlines

Um passageiro está processando a empresa aérea Spirit Airlines, dos Estados Unidos, alegando entrou com uma ação no tribunal federal contra a Spirit Airlines, alegando que um comissário e voo lhe teria embriagado e abusado sexualmente durante um voo. Em certo momento, o comissário de bordo teria agarrado as partes íntimas da vítima, antes de tentar abrir o zíper de suas calças.

Segundo o que consta na ação judicial, relatada pelos repórteres do Business Insider, o ataque teria ocorrido em 30 de junho de 2021 num voo entre Myrtle Beach e a Filadélfia. Uma queixa criminal já foi apresentada à polícia local da Filadélfia e ao FBI, de acordo com os advogados da vítima.

No relato, a vítima diz que estava sentado na fileira 26 perto da parte traseira do avião, quando um comissário de bordo se aproximou dele e perguntou se ele queria um pouco de água.

Pouco tempo depois, o comissário teria retornado e piscado para M.B. antes de empurrar algumas mini garrafas de Jack Daniels em seu peito. A vítima não pensou muito e aceitou, mas o tripulante logo voltou e ofereceu-lhe mais Jack Daniels. Numa terceira passagem, ele passou à vítima um guardanapo amassado que, ao ser desdobrado, revelou um número de telefone.

Com o avião se aproximando da Filadefia, o comissário teria se aproximado da vítima e pediu-lhe que o acompanhasse até a parte de trás do avião. M.B. diz que se sentiu obrigado a se juntar ao comissário por causa de sua posição de “agente de segurança do voo”.

Uma vez na cozinha traseira, o comissário de bordo “olhou em volta e, sem aviso, agarrou, apalpou e acariciou” as partes íntimas da vítima antes de tentar abrir o zíper das calças. A vítima diz que se sentiu violada e ficou chocada e envergonhada com as ações do comissário. Ele fugiu para o banheiro para se recompor antes de retornar ao seu lugar.

O passageiro lembrou que tinha o número de telefone do comissário de bordo guardado e manteve uma breve conversa de texto em que a pessoa do outro lado perguntou o que ele faria após o voo. A outra pessoa também supostamente se desculpou com a vítima e disse que “não tinha intenção de ser desrespeitosa”.

A vítima denunciou o ataque à polícia do aeroporto e ao FBI.

O processo alega que a Spirit Airlines “já sabia ou deveria saber sobre o abuso sexual cometido por seu funcionário e suas “propensões à violência sexual, violência física e desvio sexual”. Por conta disso, a companhia aérea está sendo processada por negligência, enquanto o comissário de bordo não identificado está sendo processado por agressão. A vítima pede pelo menos US$ 150.000 em indenização.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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