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Passageiro recebe multa severa por assoar o nariz a bordo de aeronave

No último dia 10 de maio, a Administração Federal de Aviação (FAA) propôs penalidades civis contra dois passageiros de uma mesma companhia aérea, por supostamente não cumprirem as orientações dos comissários de bordo, que os instruíram a obedecer às instruções da tripulação de cabine. 

Segundo relata a FAA, um dos casos aconteceu no dia 27 de dezembro de 2020, com um passageiro a bordo de um voo da companhia aérea JetBlue, que saiu do Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale para o Aeroporto Internacional de Los Angeles.

A FAA alega que o passageiro repetidamente ignorou e foi abusivo com os comissários de bordo que o instruíram a usar uma máscara de proteção facial. A certa altura, sem usar máscara, o homem tossiu e assoou o nariz em um cobertor. O comportamento perturbador do passageiro desviou os membros da tripulação de suas funções.

Como penalidade, a FAA, que esta adotando medidas severas contra passageiros desordeiros, multou o homem em cerca de US$ 10.500 (cerca de R$ 55.300).

O segundo caso, que resultou numa multa de US$ 9.000 (cerca de R$ 47.400), ocorreu um pouco mais recente, no dia 16 de março de 2021, também em um voo da JetBlue, que partiu do Aeroporto Internacional de Los Angeles para o Aeroporto Internacional Newark Liberty. 

Conforme é relatado, um passageiro agiu de forma perturbadora durante o embarque, quando gritou, bateu os compartimentos superiores de bagagem e berrou palavrões para a tripulação de cabine, e ainda ameaçou assediar uma comissária durante todo o voo.

Ele também falou palavrões para o comandante quando este foi à cabine de passageiros para garantir que o homem saísse do avião no desembarque. A polícia encontrou o desordeiro no portão de embarque e acompanhou-o para fora do terminal.

A FAA com ‘tolerância zero’

A lei federal dos Estados Unidos proíbe interferir com a tripulação da aeronave, bem como agredir fisicamente ou ameaçar agredir fisicamente a tripulação da aeronave ou qualquer outra pessoa a bordo. Os passageiros estão sujeitos a penalidades civis porque tal conduta imprópria pode ameaçar a segurança do voo ao interromper ou distrair a tripulação de cabine de seus deveres de segurança.

Além disso, a lei federal prevê multas criminais e prisão de passageiros que interferirem no desempenho das funções de um tripulante por agredir ou intimidá-los 

Recentemente, noticiamos aqui no Aeroin que a FAA tem alertado sobre o crescimento excessivo de condutas desordeiras que colocam em risco passageiros a bordo de aeronaves, onde o número de casos aumentou mais de 700%.

O administrador da FAA, Stephen Dickson, disse que não será permitido e não haverá tolerância nas interferências da tripulação de voo e no desempenho de suas funções de segurança. Desse modo, a agência sancionou uma ‘tolerância zero’ para tais comportamentos, que resulta em proibições vitalicias de voo nas companhias aéreas, processos criminais e uma multa de até US$ 35.000 dólares (cerca de R$ 190.000 reais).

Mesmo estipulando o valor máximo da multa, ontem, dia 17 de maio, a FAA divulgou mais penalidades propostas contra passageiros e aplicou uma surpreendente penalidade de US$ 52.500 dólares (cerca de R$ 276.800 reais) a um dos viajantes.

Em um voo da Delta Air Lines de Honolulu, Havaí, para Seattle, em Washington, no dia 23 de dezembro de 2020, um passageiro tentou abrir a porta da cabine, repetidamente se recusou a cumprir as instruções dos membros da tripulação e agrediu fisicamente uma comissária de bordo, atingindo-a no rosto e jogando-a no chão. 

O passageiro então ameaçou novamente a comissária de bordo, atacando-a enquanto ela tentava contê-lo. A tripulação, com a ajuda de outro passageiro, colocou algemas de plástico (abraçadeiras) no perturbador, porém, o mesmo conseguiu se livrar de uma delas e bateu no rosto da comissária pela segunda vez, até ser finalmente dominado.

A polícia embarcou na aeronave depois que ela pousou e levou o acusado sob custódia.

Todos os passageiros multados têm 30 dias após o recebimento da carta de execução da FAA para responder à agência. O órgão não identifica os nomes dos indivíduos contra os quais propõe penalidades civis.

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