Passageiros reclamam após companhia aérea proibi-los de comer nozes a bordo

Alguns passageiros de um voo da British Aiways reagiram com indignação, e falta de empatia, ao pedido da empresa aérea para que todos evitassem comer amendoim ou nozes a bordo. O pedido da companhia veio após outro passageiro relatar que tinha forte alergia a nozes e que poderia sofrer um choque anafilático grave e potencialmente fatal, em caso de contato com esse alimento.

Segundo o Travel Daily, um dos passageiros do voo era Colin Brazier, apresentador do canal de notícias GBN, que compartilhou sua experiência no Twitter.

Disse ele: Acabei de embarcar em um voo da BA em que toda a aeronave foi solicitada a não comer nenhum lanche contendo amendoim ou nozes porque alguém a bordo tinha alergia”. Brazier perguntou ao público: “Isso está certo?”

As respostas foram mistas. Algumas demonstraram muito pouca empatia com o viajante alérgico.

“Aconteceu o mesmo quando eu estava em um voo”, respondeu uma pessoa. “Eu comi mesmo assim, saquinhos minúsculos, aliás, não aconteceu nada de sério”.

“Se alguém precisa de um ambiente tão raro, certamente deve reservar a cabine inteira, caso contrário, viajar de navio”, respondeu outra pessoa. 

“Sim, incomodar o mundo por causa de poucos. Da próxima vez, pegue um barco onde você possa respirar a brisa do mar”, foi outra resposta dura.

Mas muitos outros apoiaram a decisão da BA e apontaram que outras companhias aéreas, incluindo a Emirates, fazem anúncios semelhantes quando alguém com alergia severa a nozes está a bordo.

Muitas empresas, inclusive, permitem que passageiros com alergias severas podem pedir para embarcar primeiro, para que possam limpar superfícies como a bandeja da mesa e o assento.

No passado, houve casos relatados de mortes a bordo de aeronaves, resultantes de anafilaxia relacionada com alimentos comprados e consumidos em aviões. Um dos casos mais famosos é o de Natasha Ednan-Laperouse, que tinha apenas 15 anos quando morreu num voo da British Airways após comer uma baguete com gergelim (ela não sabia que tinha esse ingrediente).

A morte da jovem levou o Reino Unido a criar e Lei de Natasha, que entrou em vigor recentemente, e que obriga os varejistas a fornecerem a lista completa de ingredientes para alimentos feitos na hora.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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