Pedidos em baixa: Airbus e Boeing reduzem produção dos jatos A350 e 787

Embora os mais modernos jatos bimotores A350 e 787, respectivamente da Airbus e da Boeing, estejam revolucionando a aviação de longo alcance com sua economia de combustível, as duas maiores fabricantes do mundo estão enfrentando cortes no ritmo de produção dos mesmos devido à falta de encomendas.

Avião Airbus A350-900ULR
Airbus A350-900 Ultra Long Range – Imagem: Divulgação / Airbus

Airbus e o A350

A fabricante de aeronaves europeia Airbus está reduzindo a produção de suas aeronaves A350 de longo alcance. Segundo dados aos quais teve acesso o portal alemão AviationNetOnline, isso fica evidente nos relatórios do grupo.

A produção deve ser reduzida para nove aeronaves ao mês a partir de agora (e nos círculos corporativos de alto escalão, seriam ainda menos, apenas oito entregas). Atualmente, a Airbus produz dez jatos A350 por mês. A fabricante negou fornecer informações mediante solicitação do portal.

Segundo especialistas, o motivo da redução é o pequeno número de novos pedidos. Como ficou claro que o modelo A350-1000 receberá uma atualização, as companhias aéreas relutam em fazer novos pedidos. “E antes que aconteça como o A380, em que você produz muito rapidamente e a situação de pedidos não acompanha, é melhor desacelerar”, diz uma fonte.

O Airbus A350-900 foi entregue ao primeiro cliente Qatar Airways no final de 2014, tendo sido pensado oficialmente para suceder à série A340 de quatro motores. Na indústria, o A350 é a resposta direta ao “Dreamliner”, o 787 da Boeing.

Dreamliner também devagar

Avião Boeing 787 Linha Produção
Linha de produção do Boeing 787

Também na produção do modelo da Boeing, o lápis vermelho agora é usado. Como o CEO David Calhoun anunciou na quarta-feira na divulgação de balanço, o ritmo de construção do 787 Dreamliner será reduzido.

No curto prazo, deve cair de 14 jatos mensais para pelo menos dez. A partir de 2023, espera-se que a produção volte a funcionar com capacidade total novamente.

Ambos os fabricantes de aeronaves têm em comum que, nos últimos dois anos, muitas vezes recebiam significativamente menos pedidos de aeronaves de longo curso do que entregavam esses jatos. A Airbus conquistou apenas cerca de oito novos pedidos por mês para o A350 em 2019. O 787 da Boeing recebeu uma média de 13 novos pedidos ao longo do ano passado.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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