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Um caso de apreensão de grande quantidade de ouro tem gerado muita polêmica depois que a envolvida, que não era apenas uma passageira desavisada, mas sim a Presidente da Federação de Mineiros do país, disse ter cometido um engano ao pegar uma mala errada com 6 kg do valioso metal em seu interior.
O caso, reportado por diversas mídias locais como o The Herald, aconteceu no dia 28 de outubro no Aeroporto Internacional Robert Gabriel Mugabe, também conhecido como Harare, no Zimbábue, e tem se desdobrado até os dias atuais. Isso porque, ao ser apreendida, Henrietta Rushwaya não declarou ao fiscal do aeroporto a justificativa que passou a usar depois, perante a justiça, de que havia pegado por engano a mala com ouro ao invés de sua bagagem de roupas.
Segundo a declaração dada pela Presidente da Federação de Mineiros no processo judicial, ao sair de sua casa ela teria pegado a mala incorreta, e só percebeu após ser identificada durante a inspeção no embarque. O preço atual do quilograma do ouro é de cerca de 63 mil dólares, ou seja, Henrietta tinha mais de 350 mil dólares (quase 2 milhões de reais) em lingotes do metal em sua mala.
Além da polêmica gerada por conta de sua declaração tardia sobre o suposto engano, o portal All Africa destaca que o caso revela o preocupante submundo do contrabando de ouro no Zimbábue, dominado por dois grandes sindicatos com fortes conexões com o governo e com órgãos de segurança.
Segundo investigações, os compradores do ouro, envolvidos com os sindicatos, teriam estabelecido raízes profundas em todas as quatro unidades de fiscalização do país responsáveis por controlar a extração do ouro e outros minerais preciosos, enviando-os para fora do país para benefício pessoal.
Fontes ainda disseram ao jornal zimbabuense que o caso de Henrietta já resultou em mais seis pessoas presas, incluindo policiais e integrantes da inteligência do país, bem como um magnata paquistanês.
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