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Pensando no clima, companhia aérea quer reduzir os rastros dos aviões no céu

Com foco nas mudanças climáticas, os rastros deixados pelos aviões nos céus serão reduzidos numa grande companhia aérea.

Foto de François Roche

Conhecidos no meio como contrails, uma derivação da expressão Condensation Trail, que significa Esteira ou Trilha de Condensação, os rastos que os aviões deixam em alta altitude nada mais são do que o resultado do calor e umidade gerados pelos motores da aeronave, que ao encontrarem o ar congelante na parte superior da atmosfera, acabam congelando.

Enquanto é apenas um simples processo de condensação, tal efeito pode ter um impacto climático, defendem cientistas. Segundo estudos mais recentes, as trilhas de condensação contribuem para criar uma camada similar à de algumas nuvens altas como as cirrus, que retém o calor na atmosfera.

Em entrevista ao site Simple Flying, o CEO da Etihad Airways, Tony Douglas, companhia aérea de bandeira dos Emirados Árabes Unidos e com grande presença global, falou sobre as medidas da empresa para evitar os contrails.

Segundo ele, a empresa está trabalhando com parceiros para utilizar inteligência artificial e algoritimos para tentar prever em que locais que eles voam são mais propensos a ocorrer os contrails. Os cálculos levarão em conta pressão do ar, temperatura, padrões meteorológicos e outros fatores e a ideia da empresa é trabalhar em desvios, sempre que possível, de forma que mantenha a viabilidade da rota.

Ainda não foi decidido como e quanto esta tecnologia será testada ou implementada, e se os custos valerão a pena, vis-à-vis preservação gerada. Mas é algo para se olhar no futuro, e pode virar uma tendência entre as empresas.

Veja abaixo um exemplo de outro efeito gerado pela contrail:

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