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Uma pequena cidade do norte da Austrália, chamada Cape Tribulation, viu um de seus moradores estampar manchetes por todo o mundo. Tudo porque, no último dia 5 de outubro, Mick Elcoate, pescador da região, achou detritos que supostamente podem ser do misterioso voo MH370, da Malaysia Airlines, desaparecido desde 8 de março de 2014.
No entanto, no momento, tudo não passa de merca especulação, embora o mistério sobre a peça encontrada persista.
Elcoate inicialmente pensou que os detritos achados eram de um compensador de avião ou um leme de barco, e teve a ideia de postar a foto do material no grupo do facebook chamado AOPA – Aircraft Owners and Pilots Association (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves), composto também por engenheiros de manutenção de aeronaves.
Após a postagem, Elcoate recebeu muitas mensagens supondo que a parte poderia pertencer ao avião Boeing 777 que operou o voo MH370 e desapareceu misteriosamente em 2014.
“Todo mundo estava enlouquecendo por isso, dizendo que é um compensador de avião (Aerofólio auxiliar ou superfície similar a um aerofólio, preso a uma superfície de comando e destinado a reduzir a força de controle ou auxiliar no equilíbrio do avião, segundo definição da ANAC). É muito parecido com isso, então seria interessante saber de onde veio”, disse Elcoate, acrescentando que as peças descobertas parecem ter passado muito tempo na água.
Ben Morgan, diretor executivo da AOPA, disse que as peças precisam ser examinadas pela agência de investigação australiana, o Australian Transport Safety Bureau (ATSB). “Se fosse o MH370, tudo viraria do avesso. A única outra aeronave da Boeing a cair nesta parte do mundo foi o 737 MAX em 2018”.
Apesar da suspeita e repercussão que o fato tomou, o especialista e pesquisador de aviação Mick Gilbert tratou de esfriar as expectativas da descoberta. “Se é de fato um componente de aeronave, é mais provável que seja um pedaço do 737-800 da Air Niugini que pousou antes da pista do aeroporto Internacional de Chuuk (Estados Federados da Micronésia) em setembro de 2018”.
Adicionalmente, em entrevista ao The Australian Gilbert usou o tamanho, largura e cor da peça para teorizar que ela pode não fazer parte do B777, que é um dos maiores aviões da aviação civil.
O voo MH370 que voltou à tona
O Boeing 777, com número de voo MH370, da Malaysia Airlines, decolou da cidade de Kuala-Lumpur no dia 8 de março de 2014, em direção a Pequim. Após 2 horas voando, o avião perdeu todos os contatos com os radares aeronáuticos.
Apesar de ter sido organizada a maior busca da história da aviação, com 14 países envolvidos, 43 barcos e 58 aeronaves, os destroços do avião nunca foram encontrados. Todos os 227 passageiros e os 12 tripulantes foram considerados mortos.
Existem muitas teorias sobre o ocorrido, desde as conspiratórias até aquelas que acreditam que o voo foi abduzido por alienígenas. Mas a teoria mais sã até agora diz que um dos pilotos do voo tenha cometido suicídio e assassinato em massa.
O ex-primeiro-ministro da Austrália, Tonny Abbott, afirmou ao Mirror que, em seu entendimento, desde o início o governo da Malásia já sabia que tinha sido um assassinato-suicida em massa, mas estavam tentando cobrir a descoberta.
Há relatos de que o comandante do Boeing 777 estava deprimido e com problemas pessoais e, segundo especialistas em esclarecer o sumiço do voo, o comandante despressurizou a aeronave para que todos tivessem uma morte tranquila, sem agonia.
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