A Agência Federal de Investigação (FIA) do Paquistão apresentou acusações contra três ex-executivos da Pakistan International Airlines (PIA) e prendeu um ex-diretor em conexão com perdas de mais de US$ 8,1 milhões para os cofres nacionais.
O diretor da FIA, Amir Farooqi, disse ao jornal Dawn que o diretor foi detido “com base em evidências sólidas”, enquanto esforços estavam sendo feitos para prender os acusados restantes. Os encargos referem-se a pagamentos antecipados feitos para atualizar os assentos da classe executiva, sistemas de entretenimento e uma reforma da cabine entre 2014 e 2016, que nunca foram instalados.
O caso está sendo processado sob várias seções do código penal do Paquistão relacionadas à má conduta de funcionários do governo, incitamento à transferência de propriedade fraudulenta e desonesta, auxílio e cumplicidade e intenção comum, bem como sob a Lei de Prevenção à Corrupção.
De acordo com os documentos, o então presidente da PIA, havia aprovado um contrato com a empresa Sogema para alterar os assentos da classe executiva em toda a frota de Boeing 777 da companhia aérea, “de forma desonesta e ilegal por motivos ilícitos, abusando de sua posição oficial”. O comitê de atendimento ao cliente da companhia aérea nacional não recomendou a Sogema, nem foi a licitante mais barata, revelaram os documentos.
Além do presidente da empresa, outros dois diretores, também “desonestamente”, aprovaram pagamentos adiantados para a Sogema e outra empresa, a Panasonic, sem garantias bancárias e em violação às regras da Autoridade Reguladora de Compras Públicas (PPRA).
Até novembro de 2016, sem executar qualquer acordo formal, a PIA havia feito pagamentos antecipados para a Sogema e Panasonic. No entanto, “os itens e serviços contra os quais foram feitos pagamentos antecipados nunca foram recebidos pela PIA”, concluiu a investigação.