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Piloto da Azul usa técnica especial em bonito pouso do A330neo em Amsterdã

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O primeiro pouso da Azul em Amsterdã chamou a atenção de spotters locais pela técnica utilizada pelo piloto do Airbus A330neo. Em primeiro lugar, assista ao vídeo abaixo onde o pouso é registrado (espere carregar):

Essas imagens mostram a chegada à capital holandesa do Airbus A330neo de matrícula PR-ANY, nas primeiras horas da manhã da sexta-feira (22/5). A aproximação e pouso aconteceram pela cabeceira 18R, na famosa pista Polderbaan, que conta com uma pequena estrada às suas margens.

Antes de falar do pouso, uma curiosidade: o aeroporto holandês é que possui mais pistas no mundo todo atualmente, atrás apenas de Chicago O’Hare com sete. Ao todo em são seis pistas em Amsterdã, cada uma com um nome diferente, são necessárias tantas pistas devido ao vento muito variável já que a cidade está ao lado do Mar do Norte.

Mas a mais famosa de todas as pistas é a Polderbaan. E não é por acaso: Pela imagem abaixo, é possível notar que entre a pista de caminhada e a pista de pouso, não existe nada separando além de um pequeno canal. Parece incrível, e é!

Nós do AEROIN já tivemos a oportunidade de estar nesse lugar e muita das fotos que ilustram as nossas matérias têm esse ângulo, que é completado pelas condições de luz do Sol excepcionais do local. Você pode ver mais detalhes em nossos stories do Instagram clicando aqui.

Polderbaan: o paraíso holandês para amantes da aviação

O voo da Azul

Esse voo foi apenas uma escala da aeronave, que voa rumo à China, de onde irá trazer equipamentos médicos e sobre o qual temos falado bastante nos últimos dias.

Com a ampla divulgação, vários spotters locais foram até o aeroporto para acompanhar a chegada do A330neo da companhia brasileira, que pousaria pela primeira vez em sua história nos Países Baixos.

Mas o que chamou a atenção dos nosso colegas holandeses foi a forma como os pilotos do A330neo manejaram o pouso, ou seja, mantendo o nariz o mais alto possível e chegando próximo de um tail strike, que é quando a “cauda” da aeronave encosta o chão, seja na decolagem ou pouso.

No entanto, a situação não representou risco algum. Na verdade, isso é possível no A330 (seja no ceo ou na nova versão neo) devido ao seu trem de pouso principal, que conta com duas “tesouras”, chamados de “torque links”.

Os Torque Links, apelidados de tesouras no Brasil © Airbus

Estes links permitem um ângulo maior entre o eixo das rodas de trás e o das rodas da frente do trem de pouso, além de conseguir sustentar por maior tempo o pouso da aeronave graças ao seu sistema óleo-pneumático. No vídeo abaixo é possível visualizar melhor este sistema:

Com isso, o A330 tende a fazer pousos mais suaves que outros jatos, o que permite aos pilotos manterem o nariz para cima por um tempo maior, dando a impressão de que a parte de trás do avião vai encostar no chão, mas que não é o caso.

Uma vantagem deste sistema, além do conforto maior para o passageiro na aterrissagem, é a desaceleração mais rápida ao manter uma área maior da aeronave exposta ao fluxo de ar, gerando maior arrasto. Esta técnica, por vezes, é chamada de “pouso americano” por ser bastante utilizada por militares, que mantêm o nariz do avião o máximo possível em cima.

No caso dos aviões militares, principalmente nos caças, esse tipo de pouso é utilizado por se tratarem de aviões menores que, no caso, não contam com um sistema de amortecimento tão avançado. Mas, convenhamos, embora conforto seja importante, não é prioridade de uma missão militar, mas sim a saída rápida da pista.

Um exemplo dessa técnica sendo aplicada no A330 está neste belíssimo pouso do A330 da finada US Airways (hoje parte da American Airlines).

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