Piloto é atingido por laser ao pousar seu avião em Chapecó-SC

Imagem ilustrativa – FAA

O sério problema de apontamento de laser contra aeronaves, muito recorrente nos Estados Unidos, mas que também ocorre com certa frequência no Brasil, foi registrado recentemente em Chapecó, Santa Catarina, quando um piloto que se aproximava para pouso sofreu o ataque com laser, prejudicando sua aproximação.

O caso aconteceu na última quarta-feira, dia 20 de outubro, com um piloto que estava no comando do Pilatus PC-12 registrado sob a matrícula PP-IJG, em um voo privado chegando de Brasília, Distrito Federal, conforme mostram os dados do RadarBox.

O voo do PC-12 no dia 20 – Imagem: RadarBox

De acordo com o site ND+, o piloto e empresário dono da aeronave, ao se aproximar para pouso na pista 11 do Aeroporto de Chapecó por volta das 22h10, foi atingido por um raio laser verde, o que causou sua distração.

Esse tipo de ponteira laser em direção às cabines de comando pode causar distração, ofuscamento e cegueira momentânea, podendo comprometer a habilidade dos pilotos em procedimentos de voo. O risco pode levar à situação extrema de perda de controle em voo em caso de ofuscamento da visão, em especial, nos casos de aeronaves tripuladas por um único piloto.

Apesar da gravidade do ocorrido, o piloto conseguiu pousar a aeronave sem mais intercorrências, e sem a necessidade de qualquer tipo de ação para se livrar do feixe de luz, que durou cerca de 10 segundos.

O incidente foi reportado à polícia local, que deverá abrir uma investigação para identificar o responsável e o local exato de onde o laser partiu. Segundo o piloto, o feixe de luz teria partido da região do bairro Efapi.

Além de reportar à polícia, a EPTA (Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e Tráfego Aéreo) de Chapecó enviou a ocorrência para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) que, junto ao Comando da Aeronáutica, abrirá um processo.

No Brasil, de acordo com o Artigo 261 do Código Penal Brasileiro, “Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea” é uma ação passível de pena de “reclusão, de dois a cinco anos.”

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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