Os pilotos do Boeing 737-800 ucraniano abatido por mísseis iranianos no começo desse ano ainda estavam vivos e tentaram controlar a aeronave depois que os estilhaços do primeiro míssil atingiram fatalmente a sua aeronave. Essa foi a conclusão reportada em 23 de agosto de 2020 pela Autoridade de Aviação Civil do Irã e replicada pela BBC.
Segundo os iranianos, o FDR (Flight Data Recorder) e o CVR (cockpit Voice Recorder) foram lidos sem nenhuma dificuldade técnica. Todos os sistemas da aeronave funcionavam normalmente e a situação a bordo era normal até a explosão do primeiro míssil às 6h14 de 8 de janeiro de 2020.
Após a explosão, um piloto pode ser ouvido dando instruções ao outro piloto e avisando que os dois motores estavam funcionando. Tanto o FDR quanto o CVR continuaram a gravar por 19 segundos após a primeira explosão até que ambos falharam simultaneamente. Após esse período, o gravador parou de registrar informações e, portanto, não capturou os efeitos da segunda explosão 25 segundos após a primeira.
O voo da Ukraine International Airlines (UIA) caiu logo após decolar de Teerã. Todas as 176 pessoas a bordo morreram.
Depois de inicialmente negar qualquer responsabilidade pelo incidente, o Irã admitiu ter derrubado o voo 752 da Ukraine International Airlines “sem querer”, chamando-o de um “erro desastroso” do Corpo de Guardas Revolucionários do Irã.