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Pilotos pedem isenção de vacina para que não cancelem voos no final de ano

O conflito pela obrigatoriedade de vacinação contra o coronavírus chegou na cabine de comando e pilotos que não querem ser vacinados alertam sobre possível onda de demissões e suas consequências.

Divulgação – American Airlines

O reação veio após o governo do presidente americano Joe Biden sinalizar que qualquer empresa com mais de 100 funcionários poderá ter que exigir o comprovante de vacinação, e caso negativo terá que demitir que não tomou a vacina.

Apesar desta decisão ainda não ter sido tomada ou virado um decreto, algumas empresas aéreas já obrigam a vacinação de funcionários, dentre elas a United Airlines e a Frontier Airlines. Enquanto isso, outras estão fazendo a vida dos não vacinados um pouco complicada, com obrigação de testes de coronavírus regulares, exclusão no pagamento de bônus e, inclusive, não pagando os dias de afastamento caso o piloto tenha um teste positivo.

Com isso, um dos sindicatos de pilotos, a APA – Allied Pilots Association, que representa 14 mil profissionais da American Airlines, afirmou que a medida de Joe Biden pode ter efeitos colaterais, já que existe uma atual falta de pilotos e com a demissão dos não vacinados, as viagens de final de ano de centenas de americanos estarão comprometidas pelos voos que serão cancelados.

Por outro lado, o sindicato propõe alternativas, como testes regulares ou “prova de imunidade natural” como a contagem de anticorpos nas pessoeas que já contraíram o coronavírus.

Outro sindicato que apoia a atitude da APA é o SWAPA, que representa os pilotos da Southwest Airlines, que assim como a American é uma empresa fundada e com sede no Texas, onde a rejeição da vacina é uma das mais altas.

“A posição da SWAPA é que cada piloto tenha o direito de se vacinar ou não. Estamos com receio que o decreto a ser colocado não tenha um período de 60 dias para entrar em vigor, o que pode resultar em falta de funcionários e criar problemas operacionais sérios para a Southwest Airlines e seus parceiros”, afirmou o sindicato em nota obtida pelo portal Politico.

No Brasil, até o momento, apenas a GOL Linhas Aéreas tem obrigado todos os seus funcionários a tomarem vacina, os que se recusarem podem ser demitidos:

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