Ponta Grossa inicia trâmites para seu aeroporto virar internacional

Visando tornar internacional o Aeroporto Comandante Antonio Amilton Beraldo, também conhecido como Sant’Ana, a Prefeitura de Ponta Grossa, no Paraná, já iniciou os trâmites junto aos órgãos competentes para o local receber aeronaves de fora do país.

Aeroporto Comandante Antonio Amilton Beraldo – Imagem: Prefeitura de Ponta Grossa

As obras que acontecerão no Aeroporto Sant’Ana foram tema de discussão em Brasília junto à Secretaria Nacional de Aviação Civil. “As obras em nosso aeroporto devem acontecer em breve e para isso temos que continuar desenvolvendo nossa infraestrutura aérea, ampliando a pista e tendo a certificação para recebimento de voos internacionais charter e de cargas”, explica a prefeita Elizabeth Schmidt.

Sobre o assunto, a prefeita de Ponta Grossa participou de uma videoconferência com a Receita Federal e com os gestores do Aeroporto para dar início ao processo de certificação para operação internacional do aeroporto. Na reunião no Ministério do Turismo a pauta foi a retomada de projetos na área.

“Ponta Grossa tem um grande potencial turístico. Somos conhecidos pelas belezas naturais, pela recepção calorosa aos turistas, por ser polo cervejeiro, entre outras características. Temos que valorizar e estar preparados para voltarmos forte com o turismo, logo que seja viável. No momento, estamos estudando os projetos que Ponta Grossa pode participar, queremos continuar sendo referência e inovando também nesta área”, diz Elizabeth.

Em nota ao portal a Rede, a Prefeitura de Ponta Grossa comentou que só o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e o Aeroporto de Foz do Iguaçu/Cataratas permitem pousos e decolagens de voos internacionais.

“Todos os aviões que vêm ou vão para outros países devem utilizar apenas estas estruturas para então irem para o destino desejado. Ponta Grossa busca ser o 3º município no Paraná a oferecer este serviço.”

O secretário José Loureiro Neto comentou a importância do projeto diante do atual cenário de Ponta Grossa, dizendo que a cidade receberá mais recursos e será um atrativo para os visitantes. “Profissionais de multinacionais da cidade e da região poderão vir direto para a cidade, será uma funcionalidade adicional para que a estrutura seja mais completa”, disse o secretário.

Como exemplo, o secretário cita o caso de alguns executivos de uma multinacional que queriam chegar a Ponta Grossa e precisaram pousar primeiramente em Manaus, gastando 4 horas para realizar os trâmites legais para adentrar ao país, além de custos adicionais por usar o aeroporto. Além disso, se o aeroporto fosse internacional, o preço do combustível para voos ao exterior seria mais barato sem a cobrança de impostos.

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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