Por que a Boeing mandou um protótipo do 777X para o frio do Alasca?

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No dia 4 de fevereiro, voou para Fairbanks, no gélido estado americano do Alasca, um dos quatro protótipos do Boeing 777X, o maior bimotor do mundo, que ainda está em fase de testes. A foto de Paul Weatherman, publicada no Twitter, ilustra a presença do grande jato no aeroporto congelado.

Dados da plataforma de rastreamento de voos FlightRadar24 mostram que o jato de matrícula N779XZ foi para Fairbanks na manhã do dia 4 e pousou após 3 horas e 45 minutos de voo de traslado. O motivo para levar a aeronave até lá tem relação justamente com o frio do local.

Segundo o site britânico Simple Flying, as aeronaves precisam ser testadas para examinar como o frio extremo afeta várias partes da aeronave. Por exemplo, com o frio, os metais se contraem em taxas diferentes, enquanto os lubrificantes podem perder sua viscosidade, criando problemas de desgaste para as peças móveis. Além disso, as peças de plástico e borracha podem ficar quebradiças.

Dessa forma, o escopo dos testes inclui: partida do motor e do APU após a imersão a frio; testes de reversor do motor com neve; verificação do comportamento dos sistemas em temperaturas extremas; e decolagens rejeitadas. Outro teste consiste em desligar a aeronave por 24 horas e depois fazer uma partida a frio.

O trajeto do 777X – imagem FlightRadar24

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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