Mesmo antes da pandemia, os atrasos enfrentados pela Boeing em seu programa 777X vinham empurrando, cada vez mais para frente, a data do lançamento do modelo em rotas comerciais. Enquanto isso, veio a Covid e não se sabe, ainda, qual será seu impacto final no projeto do maior bimotor de todos os tempos. Na hipótese mais otimista, a primeira entrega ocorreria em meados de 2022.
Em meio a tudo isso, a Boeing segue produzindo jatos widebody da “geração anterior”, com especial destaque ao 777-300ER, que chega cada vez mais perto do final de sua produção. Como parte do programa 777, o 777-300ER foi lançado em 2004 como uma versão de maior alcance (Extended Range) e maior apelo de venda do que o modelo 777-300.
Em 16 anos, foram encomendadas 880 unidades do 777-300ER, versus apenas 71 do 777-300. Desse número, em 30 de maio de 2021, ainda havia 11 pedidos não atendidos.
Quem ainda vai receber
As informações, disponibilizadas pela Boeing, mostram quais são os destinos dos próximos 11 jatos do modelo 777-300ER, alguns dos quais já foram produzidos:
CINCO – A cambaleante Pakistan International Airlines (PIA) ainda tem cinco a receber, o que elevará sua frota de jatos 777 para 17.
DOIS – A aérea russa Aeroflot espera receber mais dois aviões 777-300ER e ambos já estão prontos na fábrica, esperando a entrega. A empresa aérea tem atualmente 19 unidades do 777.
TRÊS – A locadora de aeronaves BOC Aviation, sediada em Cingapura, ainda tem três jatos do modelo encomendados. Todos eles serão arrendados para a tailandesa Thai Airways ainda em 2021.
UM – o último é um mistério, pois a Boeing lista como uma encomenda vinda de um “cliente não identificado”, que pediu anonimato.
Com isso, espera-se que a Boeing encerre a produção do modelo 777-300ER ainda nesse ano ou, no mais tardar, no começo de 2022, dando fim à montagem de um dos seus grandes sucessos.
