O projeto do A220 nasceu em 2013 na Bombardier, dentro da família de jatos regionais CSeries, mas ganhou corpo e presença depois que a Airbus comprou a divisão de jatos da fabricante canadense em 2017 e rebatizou o modelo em 2018, colocando-o de vez em seu portfólio de produtos.
E foi justamente após a absorção pela Airbus que a família do A220 deslanchou de ganhar pedidos, vindo de empresas de variadas regiões do globo que viram no modelo o equipamento ideal para rotas de curto e médio alcances que alimentariam os seus hubs.
Hoje, a família A220 compreende dois modelos, o A220-100 e o A220-300, anteriormente CSeries da Bombardier CS100 e CS300. As aeronaves são totalmente otimizadas para o mercado de 100 a 150 assentos e complementam perfeitamente a família A320neo, a mais vendida da Airbus.
Maiores clientes
Para se ter uma ideia do trunfo que a Airbus tem na mão, os dados do final de julho de 2020 mostram um total de 642 pedidos e 118 A220 já entregues, o que resulta num backlog de 424 jatos, ou seja, mais do que 50% a mais do que o backlog da Embraer e cerca do dobro de pedidos da série E2, seu maior concorrente.
As maiores encomendas são das empresas Delta (95), JetBlue (70), Air France (60), Breeze (60) e Air Baltic (50), além da empresa de leasing ALC (50). Outros pedidos são pulverizados, conforme mostra a tabela abaixo.
Além disso, vale destacar que 118 exemplares estão em operação pelo mundo e, de fato, lideram a recuperação pós-pandemia, uma vez que a demanda por viagens ainda está muito abaixo do esperado e os aviões menores estão tomando lugar de “seus irmãos” maiores em algumas rotas importantes nos EUA e na Europa.
No quadro: Enc = encomendados e Ope = operando
