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Um fato pouco conhecido de alguns entusiastas da aviação no Brasil é que a GOL já teve aviões emprestados para a África, os quais também foram da Varig. A informação foi relembrada numa publicação do comandante Fernando Pamplona em seu perfil no microblog Twitter.
Hoje um velho amigo mandou fotos q eu ñ tinha
— fernandopamplona (@fdpamplona) March 26, 2021
d qd fui ao Marrocos buscar o PR-VBY,um 737-700 pertencia a GECAS (lessor) Mas tinha leasing a Royal air Maroc e subleasing a Kenia Airways.
Tava bem maltratado e deu 4 panes na saída.
Qd chegou aqui foi p hangar e saiu novinho. pic.twitter.com/ZWXEBEAmfA
A história contada pelo comandante Pamplona é curiosa porque as aeronaves envolvidas nessas “missões” não têm esse registro em seu histórico, em vários bancos de dados, como o PlaneSpotters e o Aeromuseu, por exemplo.
Os jatos em questão eram do modelo Boeing 737-700 e tinham prefixos PR-VBY e PR-VBX.
No caso do primeiro, os inventários apenas apontam que o VBY voou na Aloha Airlines antes de chegar na Varig em 2008, quando a empresa já tinha sido vendida para a Gol. Já o PR-VBX voou antes na Midway Airlines e na Air Senegal, e chegou na GOL como uma aeronave encomendada pela Varig. Passagens pela África, depois de chegarem no Brasil, não foram registradas.
Segundo Pamplona, as aeronaves pertenciam à GECAS, empresa de leasing da General Electric, que as aluga para empresas aéreas. Neste caso, a GOL não estaria precisando das aeronaves e elas foram repassadas para a Royal Air Maroc que, por sua vez, subalugou para a Kenya Airways.
Hoje o PR-VBY está desmontado no Aeroporto de Marana, no estado americano do Arizona, conhecido cemitério de aviões. Na foto acima, é possível ver ele próximo de um Airbus A340 da Air Tahiti Nui e de um A318 da Avianca. Na imagem aparecem dois outros 737-700 que eram da GOL, o PR-GIM e o PR-VBZ, também desmontados.
Já o PR-VBX ainda está na frota da GOL, mas está estocado no Aeroporto do Galeão desde setembro passado, segundo dados do RadarBox. A GOL já deu vários indícios que irá aposentar o 737-700, o menor de seus aviões, e inclusive não terá o MAX 7 que seria o sucessor direto. Mas até hoje não existe uma data para retirada do jato, e a empresa até recebeu um “novo” do modelo durante a pandemia: