Quatro investidores interessados no que sobrou da South African Airways

A moribunda linha aérea South African Airways já não tem quase aeronaves ativas e voa esporadicamente em missões especiais de repatriação, mas recebeu até agora quatro propostas promissoras de investidores interessados, mais do que tudo, em seu certificado de operador aéreo da companhia, disse o diretor-geral do Departamento de Empresas Públicas, Kgathatso Tlhakudi, à Bloomberg.

O governo sul-africano confirmou em um comunicado em 19 de agosto, após algumas especulações da mídia, que havia contratado o Rand Merchant Bank como assessor para ajudá-lo a avaliar as ofertas de participações na companhia aérea. Uma equipe do governo, juntamente com assessores do banco, iniciou negociações com entidades privadas interessadas em comprar a companhia aérea insolvente, que precisa de mais de US$ 578 milhões para retomar as operações.

Tlhakudi se recusou a nomear os potenciais pretendentes, mas o governo havia dito anteriormente que empresas de capital privado e parceiros de aviação em potencial fizeram contato. Idealmente, o governo quer que a SAA retome as operações até o final de 2020, disse ele, embora isso também dependa dos desenvolvimentos do COVID-19.

A South African Airways está em processo de administração (espécie de recuperação judicial) desde dezembro e sua frota está praticamente parada desde março, sendo que a maioria dos aviões foram devolvidos aos lessores e apenas restaram 13 jatos, com expectativa de devolver outros 7 no curto prazo, reduzindo para 6 aviões.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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