Uma grande expectativa gira em torno dos Embraer E2 recém-encomendados pela canadense Porter Airlines, que aposta num serviço diferenciado com o jato brasileiro.
A empresa canadense surpreendeu o mercado com a grande encomenda, a maior para a série E2 até agora (com 30 pedidos firmes e 50 opções), uma vez que deixará de voar aeronaves turboélices para até 74 passageiros e partirá para jato que levam até 146 em distância e velocidade muito maiores. Outra surpresa foi a não-escolha dos aviões “da casa”, no caso o Airbus A220 (antigo CSeries), que era produzido pela conterrânea Bombardier, como falamos aqui.
Em entrevista à Air Insight, o CEO da Porter, Michael Deluce, não entrou nos detalhes da escolha do jato brasileiro, mas destacou que o avião é “bastante silencioso e tem custo competitivo” em comparação ao A220.
O maior elogio está relacionado com a estratégia da Porter, que competirá nas rotas para os EUA com a Air Canada e WestJet. Isso porque, enquanto as concorrentes voam com jatos com seis assentos por fileira (3-3), a Porter contará com o E2 com quatro assentos por fileira (2-2).
“O que queremos fazer em viagens de longa distância para os EUA continental é o que fazemos nas viagens de curta distância. A Porter foi construída sobre um produto diferenciado e de alto valor, oferecemos bebidas como cerveja e vinho em copos de vidro, snacks melhores, cabine mais confortável”, afirma Deluce.
Muitas rotas serão inéditas e exclusivas da Porter, tendo um approach similar ao das empresas de David Neeleman, como a Azul, Breeze e JetBlue, e também como a WestJet faz no oeste do Canadá.
“Sempre focamos no conforto do cliente em todos os pontos, e por isso a Porter tem o melhor índice de satisfação entre as companhias aéreas no Canadá. Estamos animados para trazer isso para a competição dos voos pela América do Norte”, conclui o CEO. Veja a entrevista completa (em inglês):
