Região de voo de Recife agora tem FIS operado por Especialistas em Comunicação

Imagem: Luiz Eduardo Perez / ASCOM DECEA

Neste ano, o Dia das Comunicações foi celebrado com grande entusiasmo por todo o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), em especial pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), pelo Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) e pelo Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA).

Na tarde da última quarta-feira, dia 5 de maio, teve início, na Região de Informação de Voo de Recife (FIR RE), a prestação do Serviço de Informação de Voo e Alerta (FIS), que, no passado, era prestado por especialistas em Controle de Tráfego Aéreo (BCT) e, a partir de agora, será pioneiramente operado por Especialistas em Comunicação (BCO).

O FIS tem por finalidade proporcionar avisos e informações úteis para a realização segura e eficiente dos voos realizados no espaço aéreo não controlado (Classe G), onde são permitidos voos por instrumentos (IFR – Instrument Flight Rules) e voos visuais (VFR – Visual Flight Rules).

Entre as principais informações prestadas, destacam-se as condições operacionais dos aeródromos e auxílios à navegação, as condições meteorológicas e as informações que contribuem para a segurança da navegação aérea.

No passado, em virtude de uma série de fatores, como a reestruturação do espaço aéreo e o consequente o aumento da carga de trabalho dos controladores de tráfego aéreo, a prestação do FIS ficou degradada e passou a ocorrer somente às aeronaves em situação de emergência.

Em 2019, visando o restabelecimento do acesso de usuários à provisão do serviço, o DECEA iniciou o planejamento da ampliação do FIS de forma gradual e contínua, sem alterar o cenário operacional das Regiões de Informação de Voo (FIR).

Desta forma, cumprindo o planejamento do Subdepartamento de Operações (SDOP), em 31 de agosto de 2020 os setores Norte das regiões de Manaus (AM) e Belém (PA) da FIR Amazônica (FIR AZ) ampliaram a prestação do FIS, complementando os setores da região Norte de Porto Velho (RO). Porém, nestes casos, a operação ficou a cargo dos especialistas em Controle de Tráfego Aéreo.

A atuação dos BCOs nesse processo foi necessária em virtude da priorização da alocação do efetivo de BCTs para atender o espaço aéreo controlado.

O Primeiro Tenente Especialista em Comunicação Arthur Fernandes, gerente do projeto, destacou que “a prestação do serviço FIS pelos Graduados especialistas em Comunicações é resultado da dedicação notável dos diversos elos do SISCEAB, que, mesmo sob as restrições impostas pela pandemia da COVID-19, demonstraram a capacidade de inovar, buscando atingir seus propósitos a despeito das condições desfavoráveis”.

Imagem: Luiz Eduardo Perez / ASCOM DECEA

O serviço atenderá aeronaves voando abaixo do FL145 (nível de voo de 14.500 pés), na FIR RE, com informações para alertar os pilotos sobre outros tráfegos aéreos conhecidos ou observados, que possam estar nas imediações da posição ou rota, de forma a auxiliá-los a evitar colisões, bem como prestar o serviço de alerta, quando necessário.

Para o Chefe do Centro de Operações Integradas (COI) do CINDACTA III, Major Aviador Rodrigo Thomaz, são muitos os benefícios colhidos. “A implantação do Serviço de Informação de Voo e Alerta no ACC Recife com um efetivo operacional da especialidade de Comunicações, além de trazer benefícios para os usuários e permitir melhor aproveitamento dos recursos técnicos e humanos disponíveis no DECEA, também corroborou de forma extremamente significativa para despertar no Efetivo Operacional dos órgãos ATS que somos um conjunto de um todo, dinâmico e em constante melhoria, no qual cada órgão trabalha em sua área de responsabilidade, mas de forma harmônica e colaborativa com os demais com um objetivo único, cumprir a missão do CINDACTA III”.

Informações da Assessoria de Comunicação Social (ASCOM DECEA)

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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