Regulador europeu vê 737 MAX seguro, mas não confia mais 100% na FAA

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Após a americana FAA e a brasileira ANAC, a próxima grande agência reguladora a conceder a aprovação para o retorno do Boeing 737 MAX deve ser a EASA. Em entrevista à BBC, o chefe da agência europeia de segurança da aviação disse que está certo de que o Boeing 737 MAX está seguro para voar.

Segundo as palavras do diretor executivo Patrick Ky, está tudo pronto para que a agência conceda, em meados de janeiro, a esperada aprovação para que o modelo retorne aos céus da Europa. Para voltar ao serviço, os aviões existentes terão que ser equipados com um novo software, bem como passar por alterações em sua fiação e instrumentação da cabine.

“Fomos mais longe e revisamos todos os controles de voo, todos os sistemas da aeronave”, explica Ky. O objetivo, diz ele, era examinar qualquer coisa que pudesse causar uma falha crítica.

No mais, e de maneira semelhante ao que foi requerido nos EUA, os pilotos precisarão passar por um treinamento obrigatório e cada avião terá que passar por um voo de teste para garantir que as mudanças foram realizadas corretamente.

Decisões próprias

Algo que deve mudar daqui em diante é que, ao invés de simplesmente aceitar muitas das decisões de outras agências, como sempre foi praxe na aviação mundial, a EASA deve agora ser mais criteriosa ao apoiar-se em decisões de outros.

Segundo Ky, no futuro as coisas serão feitas de forma diferente. “O certo é que aprendemos com isso, o que vai desencadear novas ações da nossa parte”, explica ele, se referindo ao fato de a FAA não ter cumprido adequadamente seu papel ao liberar uma aeronave defeituosa da primeira vez.

“Faremos nossa própria avaliação de segurança, que vai ser muito mais abrangente do que antes”, conclui.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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