Europa e Canadá exigem mudanças substanciais nos controles de voo do 737 MAX

Apesar de não afetarem a entrada em serviço do Boeing 737 MAX, as novas mudanças podem resultar num revés adicional para a fabricante americana, bem como em novas perdas, pois fatalmente serão necessários ajustes em toda a frota mundial de MAX, incluindo os que já foram entregues às empresas aéreas.

De acordo com uma matéria do Seattle Times, os reguladores de segurança da aviação na Europa (EASA) e no Canadá (Transport Canada) exigiram alterações nos sistemas de controle de voo do 737 MAX da Boeing, que vão além da correção do sistema defeituoso que acabou derrubando a aeronave em dois acidentes fatais. A Federal Aviation Administration (FAA) informou à Boeing que deve apresentar atualizações de design para satisfazer a essas preocupações.

O jornal destaca que Janet Northcote, chefe de comunicações da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), disse que, embora o MCAS “precise absolutamente estar consertado para que o avião seja recertificado como aeronavegável, existem outras questões relacionadas ao problema do sensor” que acionou o MCAS e estes também requerem correção.

A Boeing fez algumas propostas de correções permanentes que os reguladores estão atualmente revisando, mas todos concordam que os ajustes adicionais devem ser realizados em algum momento, não muito distante do início da operação. Para o curto prazo, serão oferecidos treinamentos especiais aos pilotos, segundo a empresa e os órgãos.

Não foram dados detalhes de que novas mudanças foram sugeridas pelas agências.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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