Renascida das cinzas, companhia Flybe ainda não sabe se voará com jatos Embraer

Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Foto Mark Harkin, CC BY 2.0, via Wikimedia

A Thyme Opco, empresa controlada pela Cyrus Capital que anunciou em outubro passado sua intenção de adquirir a flybe (fechada durante a pandemia), revelou em 14 de abril que havia concluído a compra dos ativos e negócios da companhia aérea colapsada e pretendia reiniciar as operações de voo neste verão (meio do ano). 

Um porta-voz da operadora advertiu que o relançamento dos serviços durante o verão estava sujeito às restrições de viagem, mas no final das contas a operadora buscará reviver muito de sua rede anterior.

“Com as vacinações e o relaxamento das restrições de viagens, planejamos lançar uma Flybe nova e muito melhorada, neste verão, em muitas de nossas rotas anteriores, onde permanece uma necessidade crítica de uma companhia aérea forte, confiável e focada no cliente. Embora nossa empresa seja inicialmente menor do que antes, pretendemos crescer, criar empregos e fazer contribuições significativas para a conectividade regional essencial no Reino Unido”, disse.

“A Flybe pretende entrar com um recurso contra a decisão das Autoridades de Aviação Civil de revogar a Licença de Operação da transportadora. Atualmente, e durante qualquer processo de apelação, o OL continua válido”, disse. “Nesse ínterim, a Flybe continua a trabalhar com o comprador dos negócios e ativos da transportadora, Thyme Opco Limited, para concluir a venda.”

Esses ativos incluem, principalmente, os slots de decolagem e pouso da Flybe. Em Londres – Heathrow eles podem valer, nas palavras do Telegraph, “dezenas de milhões de libras”. 

Um desafio, nesse momento, é recompor a frota da empresa aérea, quase toda devolvida aos locadores, incluindo vários jatos Embraer, como o que ilustra essa matéria.

Ainda não se sabe, porém, se a empresa reaverá os jatos brasileiros, já que a imprensa britânica cita operações com aeronaves menores em rotas específicas em seu reinício. Seria interessante para a fabricante brasileira voltar a “ter esse pé” dentro da empresa britânica, que sempre foi um importante cartão de visita dos E-Jets. A Flybe já voou 53 aeronaves Embraer ao longo de sua história.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias