Retomada da demanda mundial da aviação desapareceu em setembro

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A330-200 da Azul

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) anunciou nesta quarta-feira, 4 de novembro, que a demanda de passageiros em setembro permaneceu altamente deprimida na comparação com o ano passado. A recuperação atingiu um obstáculo como consequência das dificuldades de controle da pandemia de COVID-19, que ainda afetam largamente o transporte de viajantes por avião.

Segundo a IATA, a demanda total de passageiros em todo o mundo foi 72,8% abaixo dos níveis de setembro de 2019. O índice é só um pouco melhor que o registrado em agosto, quando a queda foi de 75,2% na comparação com o ano anterior. A capacidade média de transporte das aeronaves cai 63% em relação ao ano anterior e a taxa de ocupação recua 21,8 pontos percentuais ao registrar 60,1% em setembro.

A queda na demanda de passageiros internacionais continuou bem mais expressiva em setembro. No mês, o número de viajantes foi 88,8% menor que em relação a 2019, praticamente estável em relação à queda de 88,5% registrada em agosto. Já a capacidade despenca 78,9% e a taxa de ocupação diminui 38,2 pontos percentuais, com 43,5%.

A demanda doméstica teve desempenho melhor em setembro, com queda de 43,3% em relação ao ano anterior, enquanto em agosto, a redução havia sido de 50,7% na comparação anual. A capacidade caiu 33,3% em relação a 2019 e a taxa de ocupação diminuiu para 69,9%, índice 12,4 pontos percentuais menor.

O Diretor Geral e CEO da IATA, Alexandre de Juniac, informa que a segunda onda de COVID-19 na Europa e nos Estados Unidos impactam negativamente o cenário de recuperação. “Nós atingimos uma parede na recuperação do setor, com o ressurgimento de surtos de COVID-19 – particularmente na Europa e nos EUA. Esse fato é combinado com a dependência dos governos do rude instrumento de quarentena na ausência de regimes de teste alinhados globalmente. Isso interrompeu o ímpeto em direção à reabertura das fronteiras para viagens”, queixa-se Juniac.

O executivo destaca que a recuperação das viagens domésticas não é global, estando restrita a poucos países do mundo. “Embora os mercados domésticos estejam melhor, isso se deve principalmente às melhorias na China e na Rússia. O tráfego doméstico representa pouco mais de um terço do tráfego total, por isso não é suficiente para sustentar uma recuperação geral”, disse.

Com informações da IATA

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Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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