Rolls-Royce vai paralisar todas as plantas de produção de motores de avião

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A Rolls-Royce está se preparando para fechar temporariamente suas fábricas de motores a jato por duas semanas neste verão europeu para preservar seu caixa, marcando a primeira vez que será forçada a uma mudança tão drástica desde que se tornou, na década de 1980, uma empresa listada em bolsa.

A fabricante de motores aeronáuticos está, segundo reportam mídias britânicas como o Telegraph, consultando sindicatos e representantes de funcionários em sua divisão aeroespacial civil sobre como as paralisações funcionarão, ao cortar custos para lidar com um colapso prolongado no mercado de aviação decorrente da pandemia do coronavírus.

A divisão emprega 19.000 funcionários globalmente em países como Alemanha e Cingapura, embora a maioria, cerca de 12.500, esteja baseada no Reino Unido. A Rolls-Royce fabrica, por exemplo, os motores Trent 7000, Trent XWB e Trent 1000, que impulsionam aviões como os Airbus A330neo e A350 XWB e os Boeings 787.

Conforme relatado pelo Financial Times no ano passado, os funcionários foram avisados ​​pela primeira vez sobre possíveis fechamentos temporários de fábricas em outubro. A empresa agora refinou seus planos relativos a uma paralisação de duas semanas no verão, embora as datas exatas ainda não tenham sido definidas.

A fabricante confirmou que é a primeira vez desde os anos 1980 que toma tal medida para cortar custos, embora as fábricas fechem rotineiramente no Natal e suas operações no Reino Unido tenham sido interrompidas por uma semana na primavera passada, enquanto a empresa introduzia medidas para cumprir com as orientações para a Covid-19.

O grupo tem lutado para superar a queda profunda e prolongada na demanda da aviação desde a primeira onda de bloqueios por coronavírus. No ano passado, anunciou que faria pelo menos 9.000 cortes de empregos de sua força de trabalho de 52.000 para economizar £ 1,3 bilhão anualmente até o final de 2022. Cerca de 8.000 deles seriam na divisão aeroespacial civil. Até agora, foram cerca de 7.000 demissões contra esse objetivo de 9.000.

Em janeiro, a empresa avisou que as saídas de caixa neste ano seriam piores do que os investidores e analistas esperavam, à medida que novas variantes do Coronavírus estenderam a crise na aviação global.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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