Rolls-Royce precisa de mais tempo e dinheiro para os problemas com motores do 787

A Rolls-Royce precisará de mais dinheiro e mais inspeções para resolver os problemas com os motores Trent 1000 dos aviões Boeing 787 Dreamliner, levando a novas consequências para as companhias aéreas e testando as relações entre a Rolls e seus clientes.




Os problemas com as pás dos rotores das turbinas do motor desgastando-se mais cedo do que o esperado atrapalharam um programa de reestruturação de motores mais antigo da empresa de engenharia. A Rolls-Royce disse na sexta-feira (13/04) que mais inspeções regulares são necessárias e levariam “a custos de caixa mais altos do que os anteriormente incorridos durante 2018”. “Lamentamos sinceramente a interrupção que isso causará aos nossos clientes”, disse o CEO Warren East em um comunicado.

As companhias aéreas já foram forçadas a alterar horários ou alugar outras aeronaves, mas os problemas mais recentes poderiam ser mais abrangentes. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) planeja reduzir a quantidade de tempo que os aviões afetados podem voar em um único motor após uma falha do outro. O intervalo atual de 330 minutos (5h30min) seria reduzido para 140 minutos (2h20min), segundo uma fonte familiarizada com os planos. Isso efetivamente reduz as operações sobre oceanos ou áreas remotas.

A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) também irá ordenar o aumento das inspeções dos motores afetados, de acordo com as ações descritas pela Rolls-Royce. Atualmente, as inspeções devem ser realizadas a cada 200 ciclos de voo.

A fabricante de motores disse que redimensionaria os gastos para mitigar os custos e manter sua orientação de fluxo de caixa livre de 2018 inalterada em cerca de $450 milhões de libras (US$643 milhões).

Segundo a Rolls-Royce, 380 desses motores estão em operação. A Boeing disse que cerca de 25% dos Dreamliners em operação eram movidos pelo motor e que estava implantando equipes de suporte para ajudar a gerenciar interrupções de serviço.

 
Informações pela Reuters.
 

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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