Novas análises feitas pela Rolls-Royce revelaram que o problema com os motores do Trent 1000 do 787 é um verdadeiro iceberg: as rachaduras nas pás dos compressores podem ocorrer bem mais cedo que o analisado anteriormente, e a solução está longe de ficar pronta.
Agora as aeronaves que tiverem mais de 300 ciclos (1 ciclo = uma decolagem e um pouso) terão sua certificação ETOPS reduziada de 330 minutos para 140 minutos. O problema tem afetado a pá e a peça que fixa ela ao compressor intermediário no primeiro e segundo estágio. Estes dois componententes tem sofrido ressonância que causam rachaduras nos mesmos.
Os motores deverão ser inspecionados a cada 200 ciclos segundo diretriz da agência européia EASA, resultando em maior tempo em solo para inspeções do tipo buroscópicas.
A Rolls-Royce tem seguido por dois caminhos para solucionar o problema: desenvolver pás mais robustas e mudanças no controle digital do motor que irão evitar a operação nas condições que a ressonância ocorre. Porém estas novas pás não devem estar prontas até o início do próximo ano, fazendo que a modificação no software do motor seja uma solução mais prioritária e de médio prazo.
“Nós também estamos conversando com a Boeing para considerar mudanças nas operações de voo para reduzir a detoriação” disse a Rolls-Royce;
Até agora aviões da Avianca Holdings, All Nippon Airways, Air China, British Airways, Thai Airways, Norwegian Airlines e Virgin Atlantic foram afetados. Já a LATAM e a Air New Zealand decidiram alugar aviões para substituir os seus 787 afetados.
Informações pela Aviation Week